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4 livros com histórias reais para quem ama cães e gatos

Eu sou daquelas pessoas que não pode ver um cachorro ou gato em qualquer lugar que já quer pegar no colo, fazer carinho e, se possível, levar pra casa e não largar nunca mais. Desde o clássico Marley & Eu até o mais recente Quatro Vidas de um Cachorro (que preciso ler, inclusive), são muitas as histórias com protagonistas felinos ou caninos. Eu acho que deveria ser bem mais, claro.  Enfim, para os loucos por gatos e cães, assim como eu, estes livros são uma ótima oportunidade de unir dois grandes amores e passar momentos divertidos e emocionantes na companhia desses lindos de quatro patas e de alguma bebida quente nesse friozinho. Ou quem sabe você tenha um amigo peludo para ficar nos seus pés ronronando ou no seu colo balançando o rabo até você parar de ler e ir brincar e dar carinho. Vamos às minhas indicações, ressaltando novamente que são histórias reais.




1. Dewey - Um gato entre livros - Vicki Myrom
Esta é a história real de um gatinho que foi abandonado em uma biblioteca e sobreviveu às noites frias de Yowa até ser adotado pela bibliotecária Vicki Myrom, batizado como Dewey e ganhado um lar entre os livros e os leitores. Mas dewey foi além, tornou-se o mascote de Spencer, atraíndo turistas e movimentando a pacata cidadezinha. Eu me apaixonei por esse livro. É uma leitura tranquila, cheia de emoções, sim, mas obviamente sem grandes aventuras. É lindo como o Dewey chegou, entrou na vida de tantas pessoas e mudou o pensamento de uma cidade inteira com seu amor. Dewey conquistou as pessoas mais difíceis, fez muita gente sorrir, deu e recebeu muito carinho. No livro fica claro como ele literalmente mudou a vida de algumas pessoas, principalmente a da própria Vicki.  A biografia do felino vai se mesclando com a própria história de Vicki e da cidade. Recomendo muito para quem ama gatos. É uma daquelas histórias gostosas, preguiçosas e quentinhas. Foi lançado mais um livro, as 9 vidas de Dewey, que conta histórias de outros gatos e alguns episódios inéditos do gatinho que colocou Spencer no mapa. Também já li e acho bem legal.

5 Chick-lits clichês, mas nem tanto...


Quando procuramos por um chick-lit, já sabemos muito bem o que queremos. Tranquilidade, momentos leves e divertidos, um drama não tão drama assim, uma história que nos prenda mas que não seja tão complexa ou exija muito esforço. Para aqueles dias estressantes em que só precisamos relaxar, para desanuviar a mente de uma leitura muito densa, para se distrair, fazer uma pausa ou só porque gostamos mesmo. Claro que tem que ter, sim, umas reflexões no meio também, mesmo que decidamos ignorá-las. E queremos certo clichê também, afinal, clichê é confortável. Mas também pode ser um pouco irritante, às vezes. Então, trago indicações de ótimos livros nesse gênero, com algum diferencial em relação ao que geralmente se vê. Já li bastante chick-lit e estes foram os que me marcaram por serem clichês, mas nem tanto.


1. Uma Pitada de Amor - Katie Fforde

Começando com um livro que une romance (esse nunca pode faltar) e culinária. Zoe Harper é uma chef brilhante e encantadora, que sonha poder abrir sua própria delicatessen. Para isso, ela entra em um reality show de culinária, ao estilo masterchef. Além de descobrir que ganhar a competição vai muito além de cozinhar bem, Zoe acaba se apaixonando por um dos jurados. É uma delícia essa história. Achei um diferencial bem legal que foi mostrado muito sobre culinária e como, de um jeito bem leve e gostoso. Tudo na medida certa.

Resenha: O Órfão de Hitler de Paul Dowswell

Título: O Órfão de Hitler
Autor: Paul Dowswell
Gênero: Drama
Editora: Planeta
Páginas: 272
Ano: 2016
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Classificação: 4/5

Sinopse: Piotr Bruck era apenas um menino polonês quando os nazistas mataram seus pais e invadiram seu país. Seu destino parecia traçado: acabaria num orfanato e depois seria um trabalhador escravo. Mas seus olhos azuis, cabelo loiro, pele clara e estatura faziam dele um exemplo da raça pura, um modelo para a Juventude Hitlerista. Então, os alemães o entregaram a uma família nazista... O que seus olhos vivenciaram o transformaria para sempre. Afinal, ele deveria ou não lutar pela humanidade? De qual lado deveria estar? Uma escolha difícil que faz desse livro um romance arrebatador.

Piotr era um garoto polonês de apenas 13 anos quando todo seu mundo desmoronou. Viu-se envolvido em uma guerra que ele sequer entendia, seus pais foram mortos na rua de casa e a fazenda onde morava foi tomada pelos soldados alemães. Ele foi mandado para um orfanato mantido em péssimas condições, suas perspectivas se resumiam em, no mínimo, passar a vida toda em lugares como aquele, até que sua sorte mudou repentinamente. Devido às suas características nórdicas, foi enviado com outras crianças para fazer testes e ser classificado de acordo com as regras que separavam os alemães, conforme sua eugenia. Após vários testes atestarem sua descendência ariana, o garoto é acolhido por uma família modelo no partido nazista em Berlim. Conforme o tempo passa, Piotr começa a mudar. Assim que conhece Anna, algumas certezas começam a se deslocar e ele precisa tomar decisões bem difíceis.

3 livros para os apaixonados por personagens históricos

Para quem gosta de história, a leitura de certos livros é irresistível. É o prazer de saber como foram outras épocas, como as pessoas se comportavam, o que e como faziam as coisas, somado a uma trama que nos prende. Romances históricos nos trazem vislumbres de costumes, paisagens, guerras, acordos e tantas outras coisas de uma forma bem melhor do que ler nos livros de história. Ou melhor ainda, nos incentivam a ir descobrir como eles retratam o que acabamos de ler. É entrar em um novo mundo e saber que, ao menos, boa parte dele realmente existiu desse jeito. Além disso, a maioria dos autores coloca no final do livro as datas, os fatos que realmente ocorreram e o que foi ficção, o que é mais uma forma de estar informado. Então, para aqueles que como eu amam romances históricos, indico três livros com personagens fortes, incríveis e reais.


1. A Rainha Normanda - Patricia Bracewell.

Resenha: Valsa Maldita de Tess Gerritsen

Título: Valsa Maldita
Autor(a): Tess Gerritsen
Gênero: Suspense
Editora: Record
Páginas: 238
Ano: 2016
Classificação: 5/5
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Sinopse: Uma linda melodia poderia despertar o que há de mais sombrio no ser humano? Resumo: No ambiente frio e sombrio de um antiquário em Roma, a violinista americana Julia Ansdell depara com uma partitura intrigante — a valsa Incendio — e é imediatamente atraída pela peculiar composição. Carregada de paixão, tormento e de uma beleza arrepiante — e aparentemente inédita aos olhos do mundo —, a valsa com seu tom menor fúnebre e seus arpejos febris parece ter vida própria. Determinada a dominar a obra complexa, Julia decide ser o instrumento que fará com que sua melodia seja ouvida. Já de volta à Boston, no instante em que o arco de Julia começa a ser deslocado pelas cordas do violino, desenhando no ar aquelas notas intensas, algo sinistro é despertado — e a vida de Julia fica sob ameaça iminente. A música parece exercer um efeito inexplicável e macabro sobre sua filha pequena, que se mostra drasticamente transformada. Convencida de que a melodia hipnótica de Incêndio está desencadeando uma maldição, Julia decide investigar a história por trás da partitura e encontrar a pessoa que a compôs. Suas buscas a levam à milenar cidade de Veneza, onde Julia descobre um segredo sinistro de várias décadas envolvendo uma família perigosamente poderosa que fará de tudo para impedir que ela revele a verdade ao mundo — custe o que custar.

Duas vidas totalmente diferentes unidas através do tempo pelo poder da música. Julia é uma violinista bem sucedida, feliz na carreira e no casamento, além de mãe de uma menina linda. Ao viajar para a Itália, encontra em uma loja de violinos uma intrigante e antiga partitura que imediatamente a conquista. Hipnotizada pelos poderosos acordes da composição, Julia está determinada a vencer o desafio das notas e mostrar “Incendio” ao mundo. No entanto, assim que começa a tentar tocar, coisas terríveis passam a acontecer em sua casa. Coisas que só ocorrem misteriosamente quando ela está ao violino. Determinada a descobrir o que há por trás de tudo isso, Julia mergulha na história da canção e descobre uma trama sombria e triste envolvendo segredos sinistros que ninguém queria desenterrar.

Resenha: Imperfeitos de Cecelia Ahern

Título: Imperfeitos
Série: Imperfeitos #1
Autora: Cecelia Ahern
Gênero: Literatura Fantástica, distopia
Editora: Novo Conceito
Páginas: 320
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Classificação: 4 de 5

Sinopse: Celestine North vive em uma sociedade que rejeita a imperfeição. Todos aqueles que praticam algum ato julgado como errado são marcados para sempre, excluídos da comunidade, seres não merecedores de compaixão. Por isso, Celestine procura viver uma vida perfeita. Ela é um exemplo de filha e de irmã, é uma aluna excepcional, bem quista por todos do colégio, além do mais, ela namora Art Crevan, filho da autoridade máxima da cidade, o juiz Crevan. Em meio a essa vida perfeita, Celestine se encontra em uma situação incomum, que a faz tomar uma decisão instintiva. Ela faz uma escolha que pode mudar o futuro dela e das pessoas a seu redor. Ela pode ser presa? Ela pode ser marcada? Ela poderá se tornar, do dia para a noite Imperfeita? Nesta distopia deslumbrante, a autora best-seller Cecelia Ahern retrata uma sociedade em que a perfeição é primordial e quem cometer qualquer ato falho será punido. A história de uma jovem que decide tomar uma posição que poderá custar-lhe tudo.

Imagine um mundo em que as pessoas tem que ser perfeitas. Literalmente perfeitas. Não da forma com que diariamente muitas pessoas buscam a perfeição, mas seguindo regras rigidamente específicas. Quem quebrar qualquer uma dessas regras torna-se um imperfeito. Um párea, com quem ninguém quer se relacionar, de quem todos ficam longe e desviam o olhar. Os imperfeitos são marcados na pele e obrigados a seguir várias outras regras e restrições. As pessoas são condicionadas a obedecer e dedurar quem sai um milímetro que seja disso.

Celestine é uma cidadã exemplar, ótima estudante, boa filha, defensora das regras e do governo, além de namorada do filho de uma das maiores autoridades, o juiz Crevan. Celestine é perfeita. Seu mundo é preto e branco e ela sabe muito bem qual o seu papel nele. No entanto, uma decisão instintiva coloca em risco tudo o que conhece. De repente, ela pode tornar-se uma imperfeita, alguém igual as pessoas que ela passou a vida toda julgando. É o momento em que tudo o que Celestine sempre acreditou e o que ela sente que é o certo se confrontam e os resultados podem ser arrebatadores. Nada será como antes e isso pode custar muito.

Resenha: Corte de Névoa e Fúria de Sarah. J. Maas

Título: Corte de Névoa e Fúria
Série: Corte de Espinhos e Rosas #2
Autora: Sarah. J. Maas
Gênero: Literatura fantástica
Editora: Galera Record
Páginas: 658
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Classificação: 5 de 5

Sinopse: O aguardado segundo volume da saga iniciada em Corte de espinhos e rosas, da mesma autora da série Trono de vidro Nessa continuação, a jovem humana que morreu nas garras de Amarantha, Feyre, assume seu lugar como Quebradora da Maldição e dona dos poderes de sete Grão-Feéricos. Seu coração, no entanto, permanece humano. Incapaz de esquecer o que sofreu para libertar o povo de Tamlin e o pacto firmado com Rhys, senhor da Corte Noturna. Mas, mesmo assim, ela se esforça para reconstruir o lar que criou na Corte Primaveril. Então por que é ao lado de Rhys que se sente mais plena? Peça-chave num jogo que desconhece, Feyre deve aprender rapidamente do que é capaz. Pois um antigo mal, muito pior que Amarantha, se agita no horizonte e ameaça o mundo de humanos e feéricos.


OBS: Possível spoiler do primeiro livro (no primeiro parágrafo).

Depois dos acontecimentos que fecharam o último livro e transformaram as vidas de todos para sempre, agora está tudo bem no mundo, ou nos mundos, de Feyre. Ou pelo menos parece estar, já que agora ela é uma feérica, quebradora da maldição, vivendo ainda com o caos das coisas que foi obrigada a fazer e presenciar. Além disso, ao finalmente voltar a corte primaveril, descobre que nada será como antes, já que Tamlin parece querê-la como apenas uma esposa troféu. Ele diz que quer protegê-la, ela diz que quer lutar também. No meio de tudo isso, Feyre começa a cumprir o trato que fez com Ryshand e passa a conhecer a deslumbrante corte noturna e alguns de seus segredos. Enquanto todos a veem murchar ao lado do marido, Feyre descobre coisas que podem mudar tudo. E mudam. O inimigo é muito mais perigoso do que ela pensava, mas os aliados que encontrará são muito mais leais e surpreendentes, também.

Mais um livro que esperei ansiosa e valeu a pena. No começo teve aquela certa desorientação porque eu não lembrava muito bem o que tinha acontecido no último livro, mas aos poucos foi passando e fui pegando melhor o ritmo. Um ritmo lento no começo, mas alucinante depois. Muitas coisas acontecem, mudam, surpreendem. É difícil parar de ler, depois de certa parte. É envolvente, vívido. Até difícil de descrever.

Resenha: Raio de Sol de Kim Holden

Título: Raio de Sol
Autora: Kim Holden
Gênero: Romance, New adult
Páginas: 446
Editora: Planeta / Selo Outro Planeta
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Classificação: 4,5 de 5

Sinopse: Segredos.
Todo mundo tem um.
Alguns são maiores que os outros.
Alguns, quando revelados,
Podem curar você...
E outros podem acabar com você.
Faça épico, costuma dizer Kate Sedgwick quando quer estimular alguém a dar o melhor de si. Nascida numa família-problema, com direito a mortes e abandono, a garota de dezenove anos sempre buscou fazer a diferença. Em vez de passar os dias lamentando os infortúnios da vida, como tantos fariam em seu lugar, sempre vê as coisas pelo lado positivo não é por outro motivo que Gus, seu melhor amigo, a chama de Raio de Sol. E é por isso que, quando passa na faculdade e se muda da ensolarada San Diego, na Califórnia, para a fria cidade de Grant, em Minnesota, ela leva consigo apenas boas lembranças e perspectivas. O que ela não espera é que será surpreendida pelo amor único aspecto da vida em relação ao qual nunca quis ser otimista ao conhecer Keller Banks, um rapaz que parece corresponder aos seus sentimentos. Acontece que tanto ele quanto ela têm um segredo. E segredos, às vezes, podem mudar tudo.

Kate é uma garota de dezenove anos prestes a realizar um de seus sonhos, cursar a faculdade para ser professora. No entanto, acaba por encontrar muito mais do que desejava na gelada cidade de Grant. Ela faz amigos, arranja um emprego e um lugar perfeito para buscar seu café preto de todos os dias. É nesse mesmo lugar que conhece Keller, um garoto que lhe faz pensar na única coisa que se esforça para evitar, o amor. Duas almas feridas, procurando abrigo sem saber, mesmo fugindo. Eles vão enfrentar a si mesmos para tentar superar os segredos que escondem um do outro. E podem perceber que talvez fosse o que eles sempre precisaram, afinal. No entanto, há coisas contra as quais nem com toda a determinação do mundo é possível lutar. Decidi ler este livro por indicação da Andresa, aqui do blog. Uma indicação bastante empolgada, aliás. Curiosa, fui ler sem praticamente nem saber dos detalhes. O fato de eu ter gostado do título ajudou também.

A escrita da autora é bastante informal, com palavrões e gírias, o que pode ser igualmente muito bom ou ruim, dependendo do gosto de cada um. No meu caso, achei que combinou com a proposta da história. O ritmo é envolvente, gostoso, embora em certas partes seja denso, cheio de emoções borbulhando e transbordando.

“Não julgue. Nós todos temos nossas merdas. Cuide de sua vida e não meta o nariz onde não é chamado. E se você for chamado, ajude, não julgue.”

Resenha: Não Fale com Estranhos de Harlan Coben

Título: Não Fale com Estranhos
Autor: Harlan Coben
Gênero: Suspense
Editora: Arqueiro
Páginas: 304
Classificação: 3 de 5
Sinopse: O estranho aparece do nada e, com poucas palavras, destrói o mundo de Adam Price. Sua identidade é desconhecida. Suas motivações são obscuras. Mas suas revelações são dolorosamente incontestáveis. Adam levava uma vida dos sonhos ao lado da esposa, Corinne, e dos dois filhos. Quando o estranho o aborda para contar um segredo estarrecedor sobre sua esposa, ele percebe a fragilidade do sonho que construiu: teria sido tudo uma grande mentira? Assombrado pela dúvida, Adam decide confrontar Corinne, e a imagem de perfeição que criou em torno dela começa a ruir. Ao investigar a história por conta própria, acaba se envolvendo num universo sombrio repleto de mentiras, chantagens e assassinatos. Intrigante e perturbador, Não Fale Com Estranhos é mais que um suspense de tirar o fôlego. É uma reflexão sobre o bem e o mal, o amor e o ódio, o certo e o errado, os segredos, as mentiras e suas consequências devastadoras.

"A intuição de Adam dizia que as palavras do estranho soavam verdadeiras, e esse era o problema. Sempre havia o risco de que uma mera intuição resvalasse para a certeza absoluta."

Imagine seus segredos mais profundos, aqueles em que você não quer nem pensar, não quer contar nem para si mesmo e acha que ninguém mais sabe no mundo. Alguém sabe. Todos eles. Imagine esses segredos sendo revelados às pessoas mais importantes da sua vida. Um estranho. Um mistério. Imagine, também, alguém te contando, em um dia qualquer, que na verdade, você nunca conheceu seu companheiro ou seu filho. Adam Price vê sua vida perfeita virar de cabeça para baixo em um dia comum, em um bar comum, quando um estranho o aborda para contar algo inimaginável sobre sua esposa, Corinne. Pouco depois de Adam decidir confrontá-la, ela desaparece misteriosamente, dizendo que precisa de um tempo. Desconfiado, ele pretende fazer tudo o que puder para chegar ao fundo dessa história. Mas, o que ele não sabe é que pode descobrir muito mais do que esperava e do que gostaria de saber, talvez.

"Portanto era preciso pensar e agir com frieza. Será que aquela mentira era mesmo tão grave? Sim. Gravíssima. Quanto a isso não havia dúvida."

Eu não sou a maior fã de Harlan Coben, na verdade geralmente tenho problemas para gostar dos livros dele, então não depositei muitas expectativas, embora tenha gostado da premissa. A escrita, para mim, é sempre um dos pontos positivos, por ser fluida e fácil de pegar um ritmo legal na leitura, mesmo que seja muito difícil me envolver emocionalmente. Outro ponto super positivo a destacar é o título, que se encaixou maravilhosamente com o tema do livro, jogando com essa coisa de nunca falar com estranhos, até mesmo com a advertência que sempre nos faz lembrar nossos pais. Premissa muito instigante também. Os capítulos não são longos, o que também contribui para o que comentei de ritmo fácil de leitura.

Resenha: As Gêmeas do Gelo de S. K. Tremayne

Título: As Gêmeas do Gelo
Autor(a): S. K. Tremayne
Gênero: Thriller Psicológico
Editora: Bertrand Brasil
Páginas: 362
Ano: 2016
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Classificação: 5 de 5
Sinopse: Um ano depois de Lydia, uma de suas filhas gêmeas idênticas, morrer em um acidente, Angus e Sarah Moorcroft se mudam para a pequena ilha escocesa que Angus herdou da avó, na esperança de conseguirem juntar os pedaços de suas vidas destroçadas. Mas quando sua filha sobrevivente, Kirstie, afirma que eles estão confundindo a sua identidade — que ela é, na verdade, Lydia — o mundo deles desaba mais uma vez. Quando uma violenta tempestade deixa Sarah e Kirstie (ou será Lydia?) confinadas naquela ilha, a mãe é torturada pelo passado — o que realmente aconteceu naquele dia fatídico, em que uma de suas filhas morreu?

Duas irmãs gêmeas. Lindas. Alegres. Muito unidas. E idênticas. Tão idênticas que, no início, até seus pais tiveram dificuldade para identificá-las. Essas são Kirstie e Lydia, as belas filhas do jovem casal Sarah e Angus Moorkroft. As garotas são apaixonadas uma pela outra, quase como se pudessem ler pensamentos entre si. Elas já fizeram coisas estranhas, aquelas coisas de gêmeos que só impressionaram e encheram mais ainda de amor seus pais orgulhosos. 

Piadas que ninguém entendia, ataques de risos em cômodos diferentes, apenas suas personalidades eram distintas em alguns detalhes... No entanto, toda essa paz e felicidade estava com os dias contados. Quando ouve Kirstie gritar desesperada, Sarah sabe que as coisas nunca serão como antes. Lydia havia caído da sacada e morrido. Mas algo em Sarah também morreu naquele dia. E algo na família antes feliz se despedaçara, abrindo rachaduras que podem trazer à tona velhas e dolorosas questões. Mas os problemas não são somente esses. De repente, Kirstie começa a afirmar que, na verdade, é Lydia. A partir daí, tudo vira um caos. Será mesmo que Sarah e Angus cometeram um erro terrível? Como concertá-lo? O que realmente aconteceu naquele dia? Quem pode responder com certeza? E aquelas coisas de gêmeas de antes viram detalhes a ser observados, pensados, analisados. Tudo agora são dúvidas.

“Meu pai tinha até lhes dado um apelido: As Gêmeas do Gelo. Porque elas nasceram no dia mais frio do ano, tinham olhos de um azul-gelo e os cabelos loiros quase brancos, como a neve. O apelido parecia um pouco melancólico, tanto que nunca o adotei inteiramente. Contudo, eu não podia negar que, em alguns aspectos, o nome fazia sentido. Ele refletia sua aura de mistério. E as gêmeas conseguiam mesmo ser muito especiais: elas já tinham até um nome especial compartilhado entre elas.”

Resenha: Enquanto Bela Dormia de Elizabeth Blackwell

Título:  Enquanto Bela Dormia
Autora: Elizabeth Blackwell
Gênero: Drama, Romance
Editora: Arqueiro
Páginas: 368
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Classificação: 5 de 5

Sinopse: Nos salões de um castelo, uma confidente leal guardou por muitos anos os segredos de uma rainha linda e melancólica, uma princesa que só queria ser livre e uma mulher que sonhava com a coroa. Esta é sua história. Ambientada em meio ao luxo e às agruras de um reino medieval, esta releitura de A Bela Adormecida consegue ser fiel ao clássico ao mesmo tempo que constrói uma narrativa recheada de elementos contemporâneos. Nessa mescla, os dramas de seus personagens – um casal infértil, uma jovem que não aceita viver em uma redoma e uma família despedaçada pela inveja – tornam-se atemporais. Quando a rainha Lenore não consegue engravidar, recorre aos supostos poderes mágicos da tia do rei, Millicent. Com sua ajuda, nasce Rosa, uma menina linda e saudável. No entanto, a alegria logo dá lugar às sombras: o rei expulsa de suas terras a tia arrogante, que então jura se vingar. Seu ódio se torna a maldição que ameaça a vida de Rosa. Assim, a menina cresce presa entre os muros do castelo, cercada dos cuidados dos pais e de Flora, a tia bondosa e dedicada do rei que encarna a fada boa do conto original. Mas quando todas as tentativas de proteger Rosa falham, é Elise, a dama de companhia e confidente da princesa, sua única chance de se manter viva. E é pelos olhos dessa narradora improvável que conhecemos todos os personagens, nos surpreendemos com o destino de cada um e descobrimos que, quando se guia pelo amor – a magia mais poderosa do mundo –, qualquer pessoa é capaz de criar o próprio final feliz.

“Ela já se tornou lenda. A moça bonita e voluntariosa que conheci partiu para sempre, sua vida transformada em mito. A princesa que espetou o dedo numa roca e adormeceu por cem anos, para ser acordada apenas pelo beijo do verdadeiro amor.”

Era uma vez... Um povo feliz, governado por um rei justo e uma rainha bela e bondosa. Seu maior sonho era ter um filho. Mas nesse reino também havia muita inveja e maldade. Quando não consegue engravidar, a rainha, desesperada, recorre a suposta ajuda de Millicent, a irmã do rei. Só que essa ajuda terá um preço alto, talvez alto demais. Quando as coisas saem do controle, o rei bane a irmã para sempre do castelo. Ela, furiosa, lança uma maldição sobre a linda criança recém-nascida, Rosa. Nada jamais será o mesmo dentro das muralhas do reino. Tudo se transformou naquele dia e o futuro pode ser sombrio demais para se imaginar... Mas, mesmo assim, as coisas boas sempre vão existir. Essa história é uma velha conhecida, mas agora ela será narrada por Elise, a fiel empregada da rainha e posteriormente amiga e protetora da princesa. Intrigas, histórias, amizades e alianças dentro de um dos castelos mais famosos dos contos infantis... Mas essa não é uma história cor-de-rosa, muito pelo contrário, pode ser bastante cinza.

“Talvez seja por isso que permaneço nesta terra, a última testemunha que viu Rosa quando ela era jovem e não havia ainda sido atingida pela tragédia. A única que viu o desenrolar de tudo, desde a maldição até o último beijo.”

Resenha: Jovens de Elite de Marie Lu

Título: Jovens de Elite
Série: Jovens de Elite #1
Gênero: Literatura Fantástica, YA Medieval
Autora: Marie Lu
Editora: Rocco
Páginas: 261
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Classificação: 5 de 5

Sinopse: Bestseller do The New York Times com excelente repercussão entre público e crítica, Jovens de Elite é o primeiro de uma série de fantasia ambientada na era medieval e protagonizada por jovens que desenvolvem estranhas cicatrizes e poderes especiais ao sobreviverem a uma febre que dizimou boa parte da humanidade. Entre eles está Adelina, que, após se rebelar contra o destino imposto a ela por seu pai, encontra um novo lar na sociedade secreta Jovens de Elite, vista por alguns como um grupo de heróis, por outros como seres com poderes demoníacos. Heroína ou vilã? Num mundo perigoso no qual magia e política se chocam, Adelina descobre o lado sombrio de seu coração. Da mesma autora da aclamada trilogia Legend, Marie Lu, Jovens de Elite é o início de uma saga arrebatadora. Perfeita para fãs de histórias de fantasia medieval como Game of Thrones, com vilões dignos de Star Wars e X-Men.

Adelina não é amada por ninguém, exceto sua irmã, e mesmo assim é um amor estranho. O pai, que deseja apenas livrar-se dela, sequer consegue encontrar um pretendente que a aceite. As pessoas viram o rosto quando a veem nas ruas, sentem medo, afastam-se. Tudo porque ela é uma malfetto. Uma das tantas pessoas atingidas por uma doença terrível alguns anos atrás. Seu único pecado foi sobreviver, e ficar marcada com uma cicatriz que horroriza a todos. No entanto, após tentar fugir do pai, Adelina percebe que talvez ainda haja uma saída, mesmo para alguém como ela. Os jovens de elite: Uma lenda, jovens com terríveis poderes das trevas? Fato é que Adelina descobre que ela é um deles. Ela faz parte do grupo de jovens que sobreviveram e ganharam estranhos poderes junto com suas marcas. E o seu poder especificamente, é muito especial e perigoso. Então ela busca refúgio junto aos seus, mas talvez perceba que realmente ser uma deles não será tão fácil assim. Escolhas, decisões, lutas e grandes reviravoltas. Quem sabe uma paixão, quem sabe sentimentos feridos. Adelina está recém começando a perceber o que é capaz de fazer e até onde pode ir, com ou sem poderes.

Gostei muito quando li Legend, fui com poucas expectativas e me surpreendi muito positivamente. Com esse, para minha alegria, foi o mesmo caso. É uma mudança enorme de estilo e gênero e, embora algumas características possam ser semelhantes, a autora se saiu maravilhosamente nesse salto para o desconhecido. Mostrou ser muito criativa e versátil. Aliás, mais do que criativa. A ambientação dessa história me encantou, as descrições, a arquitetura, as convenções sociais. Destaque especial para toda a questão dos poderes das personagens, achei fantástico, diferente do melhor jeito possível. A escrita é simples, mas fluida. Li muito rápido, não conseguia largar. Os capítulos não são longos, narrados ou por Adelina (primeira pessoa) ou por Rafaelle e Theren (terceira pessoa). Algo que não posso deixar de ressaltar é que a cada início de capítulo há um trecho de livro ou texto, mas nada que já exista, seriam escritos de pessoas que vivem no mundo da história. Muito legal, e além de ajudar na expectativa do que acontecerá, ajuda na ambientação.

Resenha: A Garota Sem Passado de Michael Kardos

Título: A Garota Sem Passado
Autor: Michael Kardos
Gênero: Suspense
Editora: Arqueiro
Páginas: 304
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Classificação: 3,5 de 5

Sinopse: Num domingo de setembro de 1991, Ramsey Miller deu uma festa em casa para os vizinhos. Depois, assassinou a esposa e a filha de 3 anos. Todo mundo na pacata cidade de Silver Bay conhece a história. Só que todos estão errados. A menina escapou. Sob o nome falso de Melanie Denison, ela passou os últimos quinze anos escondida com os tios numa cidadezinha remota. Nunca pôde viajar, ir a uma festa na escola ou ter internet em casa, porque Ramsey jamais foi encontrado e poderia ir atrás dela a qualquer momento. Mas, apesar das rígidas regras de segurança impostas pelos tios, Melanie se envolve com um jovem professor da escola local e engravida. Ela decide que seu filho não terá a mesma vida clandestina que ela e, para isso, volta a Silver Bay para fazer o que nem os investigadores locais, nem a polícia federal, nem o FBI conseguiram: encontrar seu pai antes que ele a encontre.

Melanie sabe bem as regras. Não ir a festas, não usar a internet, não viajar. Não deixar-se fotografar em hipótese alguma, não se envolver com ninguém. Tudo é perigoso, seus tios lhe disseram, desde muito cedo. E o motivo, é claro, ela também sabe muito bem: Seu pai, Rancey Miller, que tentou matá-la quando ela tinha apenas três anos, que matou  sua mãe, ainda está a solta. Uma festa misteriosa que terminou em um assassinato terrível. A partir daí, Meg tornou-se Melanie, foi morar com os tios em uma cidadezinha pacata e, o mais importante, aprendeu a passar despercebida.

No entanto, conforme cresce, Melanie percebe algumas dessas certezas se deslocando aos poucos. Após quebrar algumas regras, Melanie conhece um rapaz, apaixona-se e engravida. Então decide sair para buscar respostas por conta própria. Ela quer encontrar o pai. Ou apenas paz.

“Então ela ficou. E não ligou para ninguém. Dormiu na cama aconchegante de Phillip e, no sábado de manhã, acordou ao lado dele com o quarto ainda escuro, ao som da algazarra dos pássaros.”

Gostei muito da premissa desse livro, e do título, aliás. A história é narrada em terceira pessoa, alternando passado e presente, o que é sempre válido nesse tipo de trama. Os capítulos, divididos entre Melanie e o pai,  não são longos e terminam em momentos estratégicos, aumentando a curiosidade e a vontade de continuar a leitura. Nesse sentido foi tudo otimamente conduzido. A linguagem é simples e fluida, muito bem escrita. No entanto, às vezes falta ação, ou algo mais. O ritmo fica meio lento.

Resenha: A Sereia de Kiera Cass

Título: A Sereia
Autora: Kiera Cass
Gênero: Literatura Fantástica, Romance
Editora: Seguinte
Ano: 2016
Páginas: 320
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Classificação: 4 de 5

Sinopse: Anos atrás, Kahlen foi salva de um naufrágio pela própria Água. Para pagar sua dívida, a garota se tornou uma sereia e, durante cem anos, precisa usar sua voz para atrair as pessoas para se afogarem no mar. Kahlen está decidida a cumprir sua sentença à risca, até que ela conhece Akinli. Lindo, carinhoso e gentil, o garoto é tudo o que Kahlen sempre sonhou. Apesar de não poderem conversar — pois a voz da sereia é fatal —, logo surge uma conexão intensa entre os dois. É contra as regras se apaixonar por um humano, e se a Água descobrir, Kahlen será obrigada a abandonar Akinli para sempre. Mas pela primeira vez em muitos anos de obediência, ela está determinada a seguir seu coração.

“Uma menina misteriosa.
O garoto de seus sonhos.
A Água entre eles.”

Água. Com letra maiúscula, pois ela vive. A Água sente raiva, sente tristeza, ciúmes... mas o principal, sente fome. Fome que precisa ser sanada, antes que seja tarde demais e toda a humanidade sofra com seu descontrole. E é por isso que elas existem, as sereias. Para ajudar a matar a fome de sua mãe,  a Água, com pessoas. Elas cantam e afundam barcos e navios em determinados intervalos de tempo. Centenas tem que morrer para salvar milhões, essa é a filosofia. Essas garotas são as filhas da água, obrigadas a servir a ela e ao propósito maior. Quando o navio onde Khalen viaja com a família afunda em uma tempestade e a garota acha que morrerá, acontece a maior reviravolta de sua vida. Ela se vê sendo conduzida ao fundo do mar por três belas moças. E quando finalmente entende, a escolha está clara: Ela morre ou vive cem anos servindo a Água, para depois receber de volta sua liberdade. E ela escolhe, quase pede, para que a Água a acolha. Khalen aprende rápido e torna-se exemplar: Nunca falar, obedecer, mudar-se constantemente, estar sempre próxima ao mar. No entanto, algo, ou melhor alguém, a faz começar a questionar sua existência e sua lealdade. Akinli, o garoto simples, da biblioteca e dos bolos. Após viver dessa forma mais de oitenta anos, ela sabe ser totalmente impossível qualquer envolvimento com um humano. E mesmo assim, persiste. Terá que ser forte para tentar ter um futuro ao lado do garoto que ama: Lutar contra sua salvadora, a Água, contra tudo o que conhece. E contra algo mais.

Minha relação com a Kiera Cass não é enlouquecida, mas é bastante agradável. Não sou fã de A Seleção, mas li todos os livros e gostei, no geral. Então, já fiquei bastante ansiosa quando ouvi falar desse livro. Primeiro por ser dela e depois pela premissa curiosa e instigante. A escrita da autora é leve e fluida.

Resenha: #Falsiane de Lucky Sykes & Jo Piazza

Título: #Falsiane
Autores(as): Lucky Sykes & Jo Piazza
Gênero: Chick-lit, Moda
Editora: Harper Collins Brasil
Páginas: 336
Ano: 2015
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Classificação: 5 de 5

Sinopse: O que fazer quando a geração mais nova — mais descolada, mais ambiciosa, mais antenada — está de olho no seu cargo? É o que Imogen Tate, editora de uma grande revista de moda nova iorquina, está prestes a enfrentar. Após uma licença médica de seis meses, ela está de volta à redação, mas as coisas estão bem diferentes... Sua assistente de vinte e poucos anos aproveitou sua ausência para tentar derrubá-la do seu pedestal, roubar seu emprego e transformar a famosa Glossy em um aplicativo de celular! Avessa às tecnologias e sem sequer saber usar direito um iPhone, Imogen vai ter que correr atrás do prejuízo para desbravar o mundo virtual e provar que a experiência ainda vale muito — custe o que custar.

Imagine que seu trabalho, aquilo que você conhece e sabe que faz bem, esteja mudando vertiginosamente. De repente as coisas já não são do mesmo jeito e você não entende como isso foi acontecer. Você agora está se tornando ultrapassada e se não correr logo ficará para trás.

Só que é difícil, esse mundo novo que não estava ali alguns meses atrás. É assim que se sente Imogen Tate, editora chefe de uma das mais bem conceituadas revistas de moda do país, a Glossy. Após retornar a seu posto ao fim de uma licença por motivo de doença, ela se depara com sua amada revista às vésperas de se tornar Glossy.com. Afinal, as coisas estão mudando, tudo agora é digital, é preciso se adequar, não é mesmo? Desnorteada, Imogen vê seu mundo desmoronar aos poucos sob o olhar condescendente da encarregada por todas essas mudanças, Eve. Eve é o pesadelo de qualquer funcionário, sobretudo o da desinformada Imogen. Enérgica, fria,  cheia de métodos bastante questionáveis e jovem, principalmente jovem. O mais importante, muito antenada na tecnologia que seria capaz de elevar a Glossy a novos patamares. E a ela própria também, é claro.

Resenha: A Febre de Megan Abbott

Título: A Febre
Autora: Megan Abbott
Gênero: Suspense psicológico
Editora: Intrínseca
Ano: 2015
Páginas: 262
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Classificação: 3 de 5

Sinopse: Na Escola Secundária de Dryden, Deenie, Lise e Gabby formam um trio inseparável. Filha do professor de química e irmã de um popular jogador de hóquei da escola, Deenie irradia a vulnerabilidade de uma típica adolescente de 16 anos. Quando Lise sofre uma inexplicável e violenta convulsão no meio de uma aula, ninguém sabe como reagir. Os boatos começam a se espalhar na mesma velocidade que outras meninas passam a ter desmaios, convulsões e tiques nervosos, deixando os médicos intrigados e os pais apavorados. Os ataques seriam efeito colateral de uma vacina contra HPV? Envoltos em teorias e especulações, o pânico rapidamente se alastra pela escola e pela cidade, ameaçando a frágil sensação de segurança daquelas pessoas, que não conseguem compreender a causa da doença terrível e misteriosa.

Uma das coisas mais assustadoras é de repente perder o controle. Se ver em meio a um vendaval de mudanças que não se sabe de onde veio, e pior ainda, para onde irá levá-lo no final. Sobretudo, principalmente, estar impotente contra tudo isso, seja o que for. Sem saber, sem poder agir, sem certezas. Foram essas incertezas as constantes companheiras dos habitantes de uma pacata e acolhedora cidade onde todos se conheciam e tudo era calmo e feliz.

A vida das três amigas  Deenie, Gabby e Lise era ocupada por típicas coisas de adolescente. Até que um certo dia, Lise sofre uma convulsão violenta e inexplicável durante a aula. Aos poucos a notícia se espalha e começa a rede de troca de boatos. Dias depois, quando todos ainda estão tentando se convencer que não passou de um caso isolado, é a vez de Gabby convulcionar da mesma forma durante uma apresentação na escola. E esse é o ponto de partida para surgirem vários outros casos entre as garotas dessa faixa etária de toda a cidade. O medo silencioso que todos estavam fingindo não sentir é substituído gradualmente pelo pânico generalizado. Surgem teorias, acusações, o descontrole irracionalizando a todos. Seriam bactérias no lago da cidade? Seria a vacina do HPV, ou um vírus desconhecido? Ninguém sabe quem pode ser a próxima e muito menos como se proteger. Ninguém sabe do amanhã, se é que ele virá...

“Nunca acontecia nada naquela cidade, até o dia em que aconteceu.”

Resenha: Apenas Um Ano de Gayle Forman

Título: Apenas Um Ano
Série: Apenas um dia #2
Autora: Gayle Forman
Gênero: Literatura Estrangeira/Romance
Editora: Novo Conceito
Ano: 2015
Páginas: 352
Classificação: 2,5 de 5
Sinopse: Em Apenas um Dia, os momentos de paixão entre Allyson e Willem foram interrompidos de maneira abrupta, lançando a jovem em um abismo de questionamentos e dor. Agora a história é contada pela voz de Willem. Sem saber exatamente o que o atraiu na garota de olhos grandes e jeito comportado, o rapaz inicia uma busca obsessiva por pistas que levem até a sua Lulu mesmo sem saber sequer o seu nome verdadeiro. Enquanto tenta compreender o mistério que os separou, Willem se esforça para costurar relacionamentos desgastados e procura respostas para o futuro. Mais do que uma aventura de verão, o encontro em Paris significou para ele o início da vida adulta. Da mesma autora dos best-sellers Se Eu Ficar e Para Onde Ela Foi, Apenas um Ano reúne todos os ingredientes de um romance imperdível: viagens, saudade, encontros, desencontros e amor.

"Alguma coisa aconteceu naquele dia. Ainda está acontecendo. Está acontecendo aqui em cima deste palco. Foi apenas um dia e apenas um ano. E Talvez um dia seja o bastante. Talvez uma hora seja o bastante. Talvez o tempo não tenha nada a ver com isso."

No primeiro livro, Apenas um dia, Gayle nos apresenta Allyson, uma garota que precisa urgentemente de mudanças, de liberdade. E que encontra tudo isso e muito mais em um convite inusitado para passar um dia com um garoto em Paris. Tentando ser uma nova pessoa, ela aceita. E nunca mais seria a mesma. Nem ele. Chegou a hora de conhecer a história do ponto de vista de Willem. Confuso, ele acorda em uma cama de hospital, machucado e sentindo que esqueceu algo. Que esqueceu alguém, que teria ficado lhe esperando, talvez. Desesperado, luta com as mínimas pistas que possui, perseguindo a esperança de encontrar a garota que, de certa forma, mudou sua vida em apenas um dia, literalmente. Percorre multidões precisando chegar até aquela menina quieta que aprendeu a chamar de Lulu. Isso tudo sem saber que ela, embora magoada, também está a sua procura. Que ambos foram separados por muito mais do que um mal entendido qualquer. Ao buscá-la através de diversos lugares, Willem encontra também partes de si mesmo há muito tempo perdidas, reconstrói, se reinventa e se revela, nesse um ano de angústias e crescimento pessoal.

"Do lado de fora, eu esperava que estivesse escuro, mas não, ainda é dia. Dias como este duram anos. Justamente os dias que queremos que durem são aqueles que se vão em um, dois, três segundos."

Resenha: Mar da Tranquilidade de Katja Millay

Título: Mar da Tranquilidade
Autora: Katja Millay
Editora: Arqueiro
Gênero: Romance, drama, jovem-adulto
Tradução: Carolina Alfaro
Ano: 2014
Páginas: 368
Sinopse: Nastya Kashnikov foi privada daquilo que mais amava e perdeu sua voz e a própria identidade. Agora, dois anos e meio depois, ela se muda para outra cidade, determinada a manter seu passado em segredo e a não deixar ninguém se aproximar. Mas seus planos vão por água abaixo quando encontra um garoto que parece tão antissocial quanto ela. É como se Josh Bennett tivesse um campo de força ao seu redor. Ninguém se aproxima dele, e isso faz com que Nastya fique intrigada, inexplicavelmente atraída por ele. A história de Josh não é segredo para ninguém. Todas as pessoas que ele amou foram arrancadas prematuramente de sua vida. Agora, aos 17 anos, não restou ninguém. Quando o seu nome é sinônimo de morte, é natural que todos o deixem em paz. Todos menos seu melhor amigo e Nastya, que aos poucos vai se introduzindo em todos os aspectos de sua vida. À medida que a inegável atração entre os dois fica mais forte, Josh começa a questionar se algum dia descobrirá os segredos que Nastya esconde - ou se é isso mesmo que ele quer.

Engraçado como vivemos em um mundo imprevisível a ponto de ainda nos surpreendermos quando algo acontece ou deixa de acontecer. Não há garantias, padrões, nada a se esperar. Há apenas o amanhã. O incerto, mesmo que nem nos demos conta disso agora. Em um dia Nastya Kashnikov tem a vida perfeita. No seguinte, tudo lhe é tirado de um único golpe. Sua segurança, sua paz. Até mesmo sua voz. Na verdade, a voz não, é pior do que isso: Sua vontade de falar. Porque nada mais há para ser dito depois daqueles poucos, mas suficientes instantes de terror. Qualquer vontade além da de afastar a todos que se atreva a tentar se aproximar simplesmente foi banida de seu mundo. Agora ela é Nastya, a garota excêntrica que usa preto e quer que todos literalmente a odeiem, apenas para ficar em paz. Ela não é gentil. Não quer ser gentil. Só quer essa escuridão dos seus dias.

(...) "Não faz diferença se fazemos tudo certo, se nos vestimos do jeito apropriado e agimos da maneira correta e seguimos todas as regras, porque o mal vai nos encontrar mesmo assim. O mal é muito engenhoso." (...)

E então há esse garoto chamado Josh. Ele parece ser uma lenda na escola, um ícone admirado e temido na mesma proporção. Vive cercado, se protegendo das pessoas que podem vir a machucá-lo quando também partirem. Porque ele perdeu todos com quem já se importou um dia, menos seu melhor amigo, o único que restou e que o conhece de verdade. Se sente marcado, amaldiçoado, incapaz de acreditar e se entregar.

Resenha: Dois Garotos se Beijando de David Levithan

Título: Dois Garotos se Beijando
Autor: David Levithan
Gênero: Romance, Jovem Adulto, Young Adult
Editora: Galera Record
Páginas: 224
Ano: 2015
Sinopse: Do mesmo autor do best-seller Will & Will e Todo dia. Do lado de fora da escola, ao ar livre, rodeados por câmeras e por uma multidão que, em parte apoia e em parte repudia o que estão fazendo, Craig e Harry estão tentando quebrar o recorde mundial do beijo mais longo. Craig e Harry não são mais um casal, mas já foram um dia. Peter e Neil são um casal. Seus beijos são diferentes. Avery acaba de conhecer Ryan e precisa decidir sobre como contar para ele que é transexual, mas está com medo de não ser aceito depois disso. Cooper está sozinho. Passa suas noites em claro, no computador, criando vidas falsas online e seduzindo homens que jamais conhecerá na vida real. Mas quando seus pais descobrem seu passatempo proibido, o mundo dele desaba. Cada um desses meninos tem uma situação diferente. Alguns contam com o apoio incondicional da família, outros não. Alguns sofrem com o bullying na escola, outros, com o coração partido. Mas bem no centro de todas essas histórias paralelas está o amor. E, através dele, a coragem para lutar por um mundo onde esse sentimento nunca seja sinônimo de tabu.

"O mundo está cheio de pessoas que pensam que diferente é sinônimo de errado."

Que importa qualquer coisa quando os braços daquele alguém nos apertam firme? Quando os corpos se encaixam e os corações buscam, no silêncio, uma frequência em que possam pulsar como um só? Tudo é irrelevante, mero pano de fundo esquecido. Que importa qualquer coisa quando as mãos dadas trazem a coragem que nem se sabia existir? E então, que importa se são dois garotos ou duas garotas se beijando? Se são pessoas que ainda não se encontraram, que estão buscando sua identidade? Que importa? Se somos, afinal, tão diferentes e tão iguais. Quebrados, vítimas e vilões. Essa foi uma mensagem que eu senti com muita intensidade nesse livro. O tempo todo, implícita, quase poética nos detalhes. E daí, se são dois garotos se beijando? São, antes de qualquer estereótipo torpe, duas pessoas. Que têm como qualquer outro, o direito de amar. E viver esse amor. Ou aliás, o direito de se beijar sem compromisso, se for da sua vontade também. Cada qual com o seu caos, certo?

"O amor é tão doloroso; como podemos desejar para alguém? E o amor é tão essencial; como podemos atrapalhar o progresso dele?"

Recomendo #2: Até Você Ser Minha


Olá! Aqui estou eu, (hoje menos séria, rs) para roubar um pouco essa coluna brilhante da Andresa.  Não resisti.

Para quem não sabe, a proposta da "Recomendo" aqui no Leituras é falar um pouco sobre um livro sem resenhá-lo, de um jeito diferente. É para aqueles livros que causam sentimentos tão intensos que fica difícil colocar em palavras, ou ainda aqueles que é complicado dar muitos detalhes sem dar Spoiller. E é esse último o caso do livro do qual vou falar hoje.

O livro que eu quero recomendar, espalhar amor, como diz a Andresa, é Até Você Ser Minha, da Samantha Hayes, lançamento de 2015 da Intrínseca.

Antes de tudo: Não se deixe enganar pelo título. Não é romance, muito menos erótico.

Não gosto da sinopse oficial, então vou tentar falar um pouco com as minhas palavras. Temos Claudia, casada e madrasta de gêmeos. Seu grande sonho é ser mãe de um filho seu. Após alguns abortos, ela finalmente está grávida de uma menininha e não vê a hora de ter seu bebê nos braços. Como o marido é marinheiro e passa longos períodos viajando, a solução é contratar uma babá. Então surge Zoe Harper. Com as melhores recomendações, ela conquista os meninos, ganha o emprego e se muda para a casa de Claudia. No entanto, ela parece não ser tão perfeita assim, principalmente quando eventos estranhos começam a acontecer.
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