Resenha: O Planeta dos Macacos de Pierre Boulle

Título: O Planeta dos Macacos 
Autor: Pierre Boulle
Gênero: Ficção Científica 
Editora: Aleph
Páginas: 216
Ano: 2015
Sinopse: O Planeta dos Macacos - Em pouco tempo, os desbravadores do espaço descobrem a terrível verdade: nesse mundo, seus pares humanos não passam de bestas selvagens a serviço da espécie dominante... os macacos. Desde as primeiras páginas até o surpreendente final – ainda mais impactante que a famosa cena final do filme de 1968 –, O planeta dos macacos é um romance de tirar o fôlego, temperado com boa dose de sátira. Nele, Boulle revisita algumas das questões mais antigas da humanidade: O que define o homem? O que nos diferencia dos animais? Quem são os verdadeiros inimigos de nossa espécie? Publicado pela primeira vez em 1963, O planeta dos macacos, de Pierre Boulle, inspirou uma das mais bem-sucedidas franquias da história do cinema, tendo início no clássico de 1968, estrelado por Charlton Heston, passando por diversas sequências e chegando às adaptações cinematográficas mais recentes. Com milhões de exemplares vendidos ao redor do mundo, O planeta dos macacos é um dos maiores clássicos da ficção científica, imprescindível aos fãs de cultura pop.

Oi pessoal. Tudo bem? Eu descobri O Planeta dos Macacos lá pelos idos de 2002/2003, através da franquia cinematográfica, melhor, com o reboot de 2001 do Tim Burton. Devo ter alugado o dvd do filme. Confesso que não gostei do filme, mas fiquei impressionado pela sociedade símia. Nessa época eu era um ser impúbere ainda (haha), ou seja, não sabia nada de sci-fi, da vida, do universo e tudo mais. De lá pra cá, li e assisti muitas coisas. 

Ainda sobre os filmes, o de 2001 foi mal recebido por público e critica, e pasmem vocês, é o mais próximo ao enredo do livro. Gostei bastante do (re)reboot Planeta dos Macacos: A Origem (2011) e da continuação Planeta dos Macacos: O Confronto (2014). Recentemente, criei coragem e resolvi assistir ao clássico de 1968. Filmaço. Fica a recomendação. Além desses filmes citados acima, existem mais quatro continuações da película de 68, fora uma série de televisão live action e um desenho animado, tudo produzido durante o decorrer da década de 70.

Porém, antes de todo esse conteúdo audiovisual, existe o livro O Planeta dos Macacos (1963), escrito pelo francês Pierre Boulle (1912-1994). Boulle também é conhecido pelo livro A Ponte do Rio Kwai que baseou o filme homônimo de 1957 e lhe rendeu o Oscar de melhor roteiro adaptado (filme recomendadíssimo também).

A trama do livro se inicia através de uma história paralela. Um casal viajando a toa pelo cosmos encontra uma mensagem numa garrafa à deriva no espaço. O conteúdo da mensagem é o diário de bordo do astronauta Ulysse Mérou. Ele acredita ser o último homo sapiens existente no universo e escreveu sua história na esperança de que alguém a encontre. 

O jornalista Mérou se une ao físico Levain e ao professor Antelle numa viagem interestelar, até a estrela gigante vermelha Betelgeuse em busca de um mundo habitável, à bordo de uma espaçonave concebida pelo próprio Antelle e capaz viajar próxima à velocidade da luz. A viagem dura cerca de 300 anos-luz, devido à dilatação do tempo (relatividade), aos tripulantes parecerá durar apenas dois anos enquanto na terra se passarão por volta de 800 anos. 

Ao adentrarem na constelação de Órion, O trio descobre alguns planetas orbitando em volta de Betelgeuse, inclusive um planeta muito similar à Terra, nomeado por eles de Soror. Depois de aterrissarem em Soror e confirmarem sua habitalidade, encontram seres humanos primitivos que rasgam suas roupas. Logo após, eles deparam-se com grupo de caçadores, formado por gorilas, orangotangos e chimpanzés, vestidos de forma idêntica aos humanos do século XX e usando armas e máquinas. Se eu contar mais que isso posso estragar a leitura de alguém.

A narrativa do Pierre Boulle é simples, e não possui grandes floreios. O que mais chama atenção são os pontos críticos, morais, sociais, filosóficos e ambientais: O que nos faz humanos, como tratamos os animais, devastação do planeta. Testes de laboratório, papel do sexo feminino na sociedade, origem da vida, evolução, religião. Tudo isso em um livro de 216 páginas. Eu recomendo esse livro para todo mundo. Ficção cientifica de qualidade. 

Pessoalmente, gosto mais do final do livro do que a do filme de 1968. Porém, sei que o final escrito é impossível de se transpor para o cinema. Ao terminarem de ler vocês entenderam a causa da impossibilidade. 

P.S.: Livro recebido de parceria com a Editora Aleph.
P.S.1: Essa nova edição da Aleph trás alguns extras interessantes: uma entrevista do Pierre Boulle para a revista Cinefantastique em 1972; Um ensaio jornalístico publicado pela BBC sobre o passado do Boulle; e um texto com comentários sobre a história da ficção cientifica, além de explorar questões fundamentais e peculiaridades da obra. 
P.S.2: Existe um filme brasileiro chamado O Trapalhão no Planalto dos Macacos e uma música do Jota Quest com o titulo De volta ao Planeta dos Macacos. HAHA.

No mais, ótima leitura a quem se aventurar a explorar o planeta povoado de símios e até a próxima resenha.



8 comentários:

  1. Eu vi essa edição num mesa "especial" que saraiva aqui perto de casa fez em homenagem ao dia do nerd. Fiquei maravilhada!

    Eu também já conhecia a história através dos filmes, que sinceramente gostei de todos. Mas acho que não vi o último que lançaram.

    ótimo post!
    Beijos
    http://psicosedanina.blogspot.com.br

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    1. Oi, Obrigado! Essa edição ficou muito bonita mesmo.

      Abraços

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  2. eu ja tinha assistido os filmes mais nao sabia que tinha livro, gostei muito da resenha, o livro me pareceu bem interessante e espero ler em breve

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    1. Oi, Obrigado. Sim, o livro é interessantíssimo.

      Abraços

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  3. Também conferi os filmes, mas não sabia nada em relação ao livros, confesso que apesar de nunca ter nada parecido com esta historia, ainda sim seria uma leitura diferente do que estou acostumada e como gostei bastante dos filmes, fiquei interessada. Super bacana saber mais sobre o livro. Beijoooo

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    1. O livro vale muito a pena. Essa edição está muito bonita.

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  4. Não ée o tipo de livro que gosto. Provavelmente, não lerei.
    Mas o filme acho que vou assistir, se gostar, posso tentar ler.
    bjos

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    1. Oi, prefiro muito mais o livro, mas espero que você goste do livro.

      Abraço

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