Resenha: A Ilha dos Dissidentes de Bárbara Morais

Título: A Ilha dos Dissidentes 
Série: Trilogia Anômalos #1
Autora: Bárbara Morais
Editora: Gutenberg
Gênero: Distopia, Young Adult
Páginas: 304 
Ano: 2013
Sinopse: SER LEVADA PARA uma cidade especial não estava nos planos de Sybil. Tudo o que ela mais queria era sair de Kali, zona paupérrima da guerra entre a União e o Império do Sol, e não precisar entrar para o exército. Mas ela nunca imaginou que pudesse ser um dos anômalos, um grupo especial de pessoas com mutações genéticas que os fazia ter habilidades sobre-humanas inacreditáveis. Como única sobrevivente de um naufrágio, ela agora irá se juntar a uma família adotiva na maior cidade de mutantes do continente e precisará se adaptar a uma nova realidade. E logo aprenderá que ser diferente pode ser ainda mais difícil que viver em um mundo em guerra.

Já faz um tempo que tenho o livro em minha estante e estava super empolgada por ser distopia e de autora nacional, mas acabei adiando a leitura propositalmente para que no mínimo o segundo volume já estivesse à venda, porque não só odeio esperar continuações, mas sempre esqueço detalhes do livro anterior. 

Em um futuro distante (pelo menos foi o que eu consegui captar), após uma guerra com armas nucleares, químicas e as tempestades solares, surgiram os anômalos: pessoas que tiveram sua genética modificada e com isso desenvolveram várias habilidades. Desde telepatia a atravessar paredes, respirar debaixo d’água, dentre muitas outras, essas pessoas “especiais” começaram a ser vistas como perigosas e por isso as cidades foram divididas entre aquelas em que somente pessoas “normais” vivem e os “especiais” separadamente. Mesmo vivendo em locais diferentes, há a possibilidade de interação entre eles e por isso os anômalos devem se vestir de amarelo quando em locais públicos, como estações de metrô, por exemplo, para serem diferenciados. 

"Bem-vinda ao inferno, Varuna. Aproveite a estadia"

Em A Ilha dos Dissidentes somos apresentados a protagonista Sybil Varuna, uma garota de 16 anos, órfã desde pequena e vivendo num orfanato na cidade Kali, uma zona de guerra. Ao ser levada para um campo de refugiados, ela acaba sendo a única sobrevivente de um naufrágio e é descoberto que ela é uma anômala. Sybil acaba sendo adotada por uma família na cidade de Pandora, onde somente vivem anômalos. Sua vida parece melhorar quando encontra uma boa família e novos amigos na escola, mas como nada que é bom dura para sempre...

"São três regras muito simples: você não diz para ninguém o que se passa por aqui. Você não faz alarde que é parte desta turma. E você sempre respeita os outros membros. Se você descumpri-las, sua vida vai virar um inferno, certo?"

Parte do suspense do livro envolve as aulas de TecEsp, uma disciplina que Sybil inclui em sua grade e que gera grande mistério na escola, já que muitos desejam, mas poucos conseguem cursá-la. É engraçado porque vários alunos fazem especulações a respeito da aula, pois quem a cursa não pode contar absolutamente nada sobre ela a ninguém. E é depois de uma dessas aulas que a vida de Sybil e de seus amigos muda completamente e as coisas ficam perigosas. Prefiro não falar mais do que isso para não estragar as surpresas. Vocês precisam ler para saber o que acontece!  

A narração é em primeira pessoa e a metade inicial foca mais em quem é Sybil e a cidade de Pandora, que aos olhos dela e do leitor é maravilhosa em comparação a vida que ela tinha. Ela fica feliz, começa a ir pra escola, ganha amigos e tudo é lindo. Mas como eu disse acima, tudo que é bom dura pouco e na outra metade do livro é que a ação começa de verdade e percebemos que nem tudo é o que parece. O livro vai te prendendo e surpreendendo ao longo da história. 

É interessante ver que mesmo no futuro, algumas coisas não mudaram. Por exemplo, na escola vemos as famosas panelinhas, tem a galera que adora implicar com outros e por aí vai. Gostei muito dos personagens secundários, a autora soube trabalhar bem com todos eles, desde os amigos de Sybil à família adotiva. Tem um clima de romance também, com o fofo Andrei, mas isso vocês vão descobrir ao ler. 

"Suspeito que amor é só um tipo diferente de amizade" 

Sybil é descrita como uma menina pequena, como uma boneca e talvez por isso passe a aparência de fragilidade, mas é uma personagem que gostei. Ela não conhece o lado bom da vida, vivendo onde vivia, com constante guerra, morte, falta de comida e água e ela é de certa forma ingênua por não conhecer muito do mundo, mas ela está longe de ser frágil. 

A capa é linda e combina com a história. Com um fundo entre o verde e azul, vemos uma cerca e no centro, o símbolo que representa os anômalos, um A em um círculo em amarelo. A narrativa é dinâmica e faz com que o leitor se envolva na trama. Agora que já comprei o segundo volume, pretendo continuar essa história em breve. O terceiro e último está previsto para a Bienal do Rio esse ano se não me engano, ou seja, não falta muito \o/

Capa do segundo volume, A Ameaça Invisível

Super recomendo para quem curte o gênero! Até o momento, foi a única leitura 5 estrelas do ano!

3 comentários:

  1. Distopia de autora nacional? já quero, adorei a resenha e sei que vou amar, super curiosa pra ler, mais uma serie de livros pra furar o meu bolso! rsrs

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  2. Olá Andresa! Quanto mais curiosa a proposta da distopia mais me interesse pela historia. A muito tempo tenho interesse neste livro, pois sou fã mesmo de historias como esta, adorei poder conferir tua resenha, me deixou com mais expectativas para poder adquirir o livro e conhecer esta historia e esta protagonista que com sua personalidade já se destaca para mim. Beijooo

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  3. Confesso que não curto muito distopias (tá ok, na verdade, tenho medo, de futuros pós-apocalípticos kkkkkkk).
    Porém, esse me interessou bastante, afinal, podem atravessar paredes, ler pensamentos etc.
    Gente, amei, eu quero ser assim tbm! kkkkkk
    bjos

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