Li no Kindle #12: Angelfall de Susan Ee

Título: Angelfall
Série: Penryn & the End of Days #1
Autora: Susan Ee
Gênero: Young Adult, Sobrenatural, Distopia, Fantasia, Pós Apocalíptico.
Editora: Marshall Cavendish
Ano: 2012
Páginas: 284
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Sinopse: Já se passaram seis semanas desde que os anjos do apocalipse desceu para demolir o mundo moderno. Gangues de rua governar o dia, enquanto o medo e a superstição governar a noite. Quando anjos guerreiros voar com uma garotinha indefesa, ela dezessete anos de idade, irmã Penryn fará de tudo para recuperá-la. Qualquer coisa, inclusive a realização de um acordo com um anjo inimigo. Raffe é um guerreiro que se encontra quebrada e sem asas na rua. Depois de séculos de luta contra suas próprias batalhas, ele se encontra a ser resgatado de uma situação desesperada por um adolescente carente de metade. Viajando através de um escuro e torcida norte da Califórnia, eles têm apenas um ao outro para contar para a sobrevivência. Juntos, eles viajam em direção a fortaleza dos anjos, em San Francisco, onde ela vai arriscar tudo para salvar sua irmã e ele vai colocar-se à mercê de seus maiores inimigos para que a possibilidade de ser feita toda de novo.

Em Angelfall, a Terra foi atacada pelos Anjos. Não se sabe o motivo, mas o mundo atual é de puro medo. De dia, gangues tomam conta das ruas. De noite, o medo do desconhecido prevalece.

Nesse mundo pós-apocalíptico, Penryn, de 17 anos, tenta sobreviver com sua mãe e irmã Paige de 7 anos. Seu pai as abandonou e desde então, sua mãe parece ter pedido a sanidade mental. Sua irmã sofreu um “acidente” misterioso aos 2 anos e desde então segue em uma cadeira de rodas. Penryn é quem cuida delas e vai em busca de comida, que é escassa, e elas estão sempre mudando de lugar, para evitar ataques. Até que um dia, em uma dessas mudanças, elas se deparam com 5 anjos lutando contra outro anjo, Raffe. E no fim das contas, Paige é raptada por um deles, enquanto Raffe perde suas asas e fica próximo da morte. Penryn acredita que a única chance de encontrar sua irmã é salvando Raffe e fazendo-o ajudá-la. 

— Os anjos são criaturas violentas.
— Sim, eu percebi. Costumava pensar neles todos doces e gentis.
— Por que acha isso? Mesmo na sua Bíblia, somos anunciantes de desgraças, dispostos e capazes de destruir cidades inteiras. Só porque às vezes alertamos um ou dois de antemão não faz de nós altruístas.

Angelfall é um livro que mistura vários gêneros literários que adoro. Tem o sobrenatural, um toque de distopia, um mundo pós-apocalíptico, romance, fantasia e por aí vai. É uma leitura cheia de tensão e medo. Um mundo perigoso. É um livro que tem muito mais do que aparenta e conforme a leitura vai avançando, mais e mais segredos e informações vão se acumulando ou se desvendando e ficamos presos na história. Os capítulos são curtos, coisa que eu adoro, porque me permite ler mais rápido. Li em um dia e não consegui parar até o final. A narrativa é feita sob a visão de Penryn. 

— Meus amigos me chamam de Ira, — diz Raffe. — Meus inimigos me chamam de Por Favor, Tenha Piedade. Qual é o seu nome, menino soldado? — O tom zombeteiro de Raffe traz um rubor às minhas bochechas, por nenhum motivo.

Vamos descobrindo aos poucos até que ponto os anjos são capazes de chegar e sua crueldade, afinal os humanos são apenas "macacos", e os anjos não se importam em matá-los ou tratá-los como objetos. E também descobrimos a que ponto os humanos chegam e do que eles são capazes para defender seu lugar, sua família. Vemos maldade, violência, mas também bondade. 

Eu sou uma formiga no campo de batalha dos Deuses. Não há espaço para orgulho ou ego, apenas há espaço suficiente para a sobrevivência. Mas eu não posso evitar. Quem eles pensam que são? Podemos ser as formigas, mas este campo é a nossa casa, e nós temos direito de viver nele.

Não há muito romance, como acredito que poderia ser esperado. Livros de anjos costumam sempre ter um humano que se apaixona por anjo ou algo assim. Em Angelfall tem certa insinuação e talvez mais pra frente dê em algo mais palpável e dá pra perceber que os personagens acabam sentindo algo um pelo outro (não fica explícito o quê exatamente), mas o foco é maior no resgate de Paige, nas políticas entre os anjos, na resistência humana contra os anjos, nos ataques contra os humanos e em Raffe tentando conseguir suas asas de volta. 

Eu me recuso a me sentir mal por ele. Recuso a sentir algo por ele, além de raiva e ódio pelas coisas que o povo dele tem feito para o meu. Mas o ódio não vem. Em vez disso, simpatia escorre em mim. Tão diferentes como somos, somos em muitas maneiras almas gêmeas. Somos apenas duas pessoas se esforçando para conseguir as nossas vidas novamente.

Raffe me conquistou desde o início. Descrito como moreno, com suas belas asas brancas (que depois são arrancadas sniff), olhos azuis escuros e atlético. Mas tirando as aptidões físicas, ele tem aquele sarcasmo que eu adoro em personagens. Penryn é uma sobrevivente, é leal e teimosa, tem seus defeitos, mas vai fazer de tudo em busca da irmã. Uma das coisas que gostei nela é o fato de saber se defender e da sua força. Os dois personagens tem um bom senso de humor, o que deixa a história mais leve de vez em quando. 

— Você deve estar de brincadeira.
— Nunca brinco sobre meu status de semideus guerreiro.
— Ai. Meu. Deus. — Eu baixei a voz, tinha me esquecido de sussurrar. — Você não passa de um passarinho sem atitude. Tudo bem, você tem alguns músculos, eu lhe dou créditos por isso. Mas você sabe, um passarinho nada mais é do que um lagarto desenvolvido. É isso que você é.

Há momentos de tanta loucura e criatividade na história (positivamente), de um jeito que nunca vi nenhum autor abordando, que eu pausava e ficava analisando e me perguntando, “é sério isso?”, “isso realmente aconteceu?”, etc. Há várias surpresas ao longo do livro, coisas que eu não esperava e ele termina sem tanta agonia para a continuação, mas devendo tantas respostas e mais trama que é difícil não querer emendar no próximo. Foi um livro que fiquei um tempo assimilando depois de terminar a leitura.

O segundo livro "World After" foi lançado em 2013 e o terceiro End of Days, vai sair em maio desse ano e ainda não tem capa. Acredito que, infelizmente, a série ainda não tenha sido comprada por nenhuma editora nacional.


2 comentários:

  1. Eu também adoro cada um desses gêneros que esse livro tem. E, se o autor consegue balancear todos eles na mesma obra, não tem como não querer ler. Sinceramente, fico feliz em saber que a autora não focou no romance. Acho que tem muito mais coisas legais pra mostrar. Afinal, se quisesse ver casais se beijando e fazendo juras de amor eterno, iria logo pra um romance de banca. Gosto de ver o circo pegar fogo. kkkkk
    É uma pena que as editoras brasileiras ainda não abriram os olhos pra essa série.

    @_Dom_Dom

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  2. Esse livro me chamou muita atenção, Andresa, pois tem realmente a mistura de gêneros que mais gosto. Será que vão publicar em português? Fiquei curiosa agora :P




    beijos,

    Amy - Macchiato



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