Resenha: Na Ilha de Tracey Garvis Graves

Título: Na Ilha
Autora: Tracey Garvis Graves
Editora: Intrínseca
Ano: 2013
Páginas: 288
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Sinopse: Anna Emerson é uma professora de inglês de 30 anos desesperada por aventura. Cansada do inverno rigoroso de Chicago e de seu relacionamento que não evolui, ela agarra a oportunidade de passar o verão em uma ilha tropical dando aulas particulares para um adolescente. T.J. Callahan não quer ir a lugar algum. Aos 16 anos e com um câncer em remissão, tudo o que ele quer é uma vida normal de novo. Mas seus pais insistem em que ele passe o verão nas Maldivas colocando em dia as aulas que perdeu na escola. Anna e T.J. embarcam rumo à casa de veraneio dos Callahan e, enquanto sobrevoam as 1.200 ilhas das Maldivas, o impensável acontece. O avião cai nas águas infestadas de tubarão do arquipélago. Eles conseguem chegar a uma praia, mas logo descobrem que estão presos em uma ilha desabitada. De início, tudo o que importa é sobreviver. Mas, à medida que os dias se tornam semanas, e então meses, Anna começa a se perguntar se seu maior desafio não será ter de conviver com um garoto que aos poucos torna-se homem.


Oieeee!!! Como vocês estão? E as festas de fim de ano? Espero que tenha sido incrível pra todos vocês!

Bom, hoje vim falar de um livro que li final do ano passado, o "Na Ilha" da Tracey Graves, uma autora que eu não conhecia (até porque esse é o primeiro livro dela...) mas confesso que já estou predisposta a ler qualquer coisa que ela vier a lançar.

A história...
Como vocês podem conferir na sinopse, Na Ilha é a história da Anna e do T. J. (o casal que eu escolhi como "o melhor", na Retrospectiva aqui do blog (segue o link). Anna tem 30 anos, é professora em escola pública e normalmente trabalhava como tutora de alunos no verão, mas eu acredito que ela embarcou nessa viagem com o principal objetivo, de fugir da "monotonia estagnada" que sua vida estava... (ela queria formar uma família e o tal namorado, o John, não se decidia, acho que não gostava dela suficiente pra isso...) os pais de T.J. a contrataram para ajudá-lo a alcançar a turma, ele tem câncer (Linfoma de Hodgkin, mas já está há alguns meses em remissão...) e perdeu muitas aulas... Os pais insistiram que todos fossem para uma ilha nas Maldivas, como umas férias! Mas para o T. J. uma espécie de "férias gregas" pois teria que estudar... Rs... Os pais e as irmãs de T. J. viajaram antes, Anna teve que esperar pois ainda estava trabalhando, e o T. J. inventou uma "festinha" com seu amigo Ben, e sua mãe pediu a Anna que ele fosse depois com ela... Por isso os dois estavam juntos e sozinhos na viagem... Quando o impensável acontece, o avião cai! Após o acidente, eles conseguem chegar a uma ilha desabitada, mas é lá, que eles vão aprender o verdadeiro significado da palavra sobrevivência e do amor...



O que eu amei...
Na Ilha, aborda muitos "temas", sobrevivência é com certeza o maior deles. Mas o que realmente me chamou a atenção nesse livro (além do romance, é claro!), foram os detalhes... Sabe aqueles pequeninos detalhes? Aqueles que passam despercebidos durante o nosso dia a dia? Escovar os dentes, pentear os cabelos, fazer a barba, beber água, comer um pedaço de carne, fazer um curativo em um corte, usufruir de fogo, teto... Enfim, coisas que não damos o valor necessário, pois se tornam mecânicas, comuns... Em Na Ilha, observamos cada pedacinho delas. Minimamente, pois é o essencial para viver... E qualquer pessoa, que viva uma "situação" assim, não tem como ser o mesmo, nunca mais! É, em alguns momentos difícil de ler, pois só em imaginar uma situação que envolva comer a mesma fruta todos os dias, beber água da chuva, mosquitos, tubarões, água viva, tempestades... Nossa! A cada capítulo, uma novidade. Por isso foi uma leitura de uma noite, não consegui parar até terminar...



Uma das coisas que eu mais gosto, é a narração intercalada, nesse caso, um capítulo era Anna quem narrava e o outro o T. J. É ótimo saber o ponto de vista de ambos sobre a mesma situação, isso foi bastante esclarecedor, em especial para a relação que eles construíram ao longo do tempo na ilha... Eu me apaixonei por T. J. e Anna, pois uma relação que se desenvolve em meio ao caos, tem mais chance de dar certo do que qualquer outra (só acho...) T. J. era de verdade maduro pra sua idade (ele me lembrou um pouco o Gus de ACEDE) talvez tenha sido o câncer, ou talvez fosse a natureza dele mesmo ser tão gentil, carinhoso, divertido... Tãooooo... T. J.!


A Anna, uma fofa! Forte, inteligente, sonhadora (sem ser idiota), e como o T. J. falou: "você não parece mesmo ter 30 anos, no máximo, 24, 25... é tão fácil conversar com você..."


Eles não tinham nada e tinham tudo em comum, eram perfeito juntos... a diferença de idade (treze anos), nunca foi um problema no relacionamento deles, na verdade veio a ser, justamente pelo fato de não existir... Confuso? Só lendo pra saber! Não posso dar mais spoilers do que já fiz... Hahaha...


Para os puritanos de plantão que possam estar receosos com a leitura, ou que possam julgar antecipadamente a relação da Anna e T. J. como algo imoral, ilegal e sujo, guardem suas armas pois não é nada disso. A autora aborda tudo de forma gradual, simples, honesta e tão cativante que não tem como não se apaixonar pelo amor dos dois!

O que me incomodou um pouco...
Eu amei toda a dinâmica do livro, (exceto ter me remetido algumas vezes aos filmes: "Náufrago" e "A Lagoa Azul"). Achei a história muito boa mesmo, talvez por isso eu tenha me frustrado um pouquinho, eu queria mais (me julguem, podem me chamar de gulosa, eu sempre quero mais! Rs...) algumas vezes eu achei os acontecimentos um pouco corridos, eu queria ter aproveitado mais algumas situações, que quando eu imaginei que iria começar, oito linhas depois chegava ao fim. Não me levem a mal, a história é muito boa, mas poderia tranquilamente ser um livro sensacional de 400 páginas ao invés de um muito bom de 288... Ainda mais por ser um livro de leitura fácil, fluida, a autora poderia ter trabalhado muuuuuuito melhor alguns acontecimentos, que na minha opinião ficou um pouco no ritmo de um filme...

E... ó! Coincidência! Vai virar filme! Palmas!



Melhor quote...




Super recomendo a leitura. Até a próxima!

Beijo, beijo,

3 comentários:

  1. Não consigo gostar desse livro e não sei dizer o motivo, creio que pela cena na minha cabeça, avião cai, uma ilha, sobrevivência... ainda bem que você não colocou carrapatos, mas colocou mosquitos na lista de bichinhos que os atacavam...
    Fico feliz que tenha gostado!

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    Respostas
    1. Kkkkkkkkkk... Puts! Esqueci dos carrapatos? Não acredito! Pior, também esqueci dos morcegos! Kkkkkk...
      Eu amei! :D
      BB,
      Lili

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  2. Este comentário foi removido pelo autor.

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