Li no Kindle #13: The Program de Suzanne Young

Título: The Program
Autora: Suzanne Young
Editora: Simon Pulse
Gênero: Distopia, Romance
Ano: 2013 
Páginas: 416
Idioma: Inglês
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Sinopse: Sloane sabe melhor sobre chorar na frente de qualquer pessoa. Com o suicídio agora sendo uma epidemia internacional, uma explosão levou-a até o The Program, o único tratamento comprovado. Os pais de Sloane já perderam um filho; Sloane sabe que deve fazer de tudo para continuar viva. Ela também sabe que todos que passaram pelo The Program voltaram como uma lousa em branco. Porque a depressão se foi—assim como as memórias. Sob constante vigilância em casa e na escola, Sloane coloca sua cara de brava e mantém seus sentimentos enterrados enquanto ainda pode. A única pessoa com quem pode ser ela mesma é James. Ele prometeu manter ambos seguros e fora do tratamento, e Sloane sabe que o amor deles é forte o suficiente para suportar qualquer coisa. Mas, apesar das promessas que fizeram um ao outro, está ficando cada vez mais difícil esconder a verdade. Ambos estão cada vez mais fracos. A depressão está corroendo. E THE PROGRAM ESTÁ VINDO ATRÁS DELES. [Sinopse retirada do blog Livros e Citações]

The Program é uma distopia diferente da qual estamos habituadas por aí. Ele me lembrou um pouco a série Slated e Delirium. Da série Slated eu só li o primeiro volume, Reiniciados e a trama de apagar a mente das pessoas me fez recordar dele. E em Delirium, onde o amor é uma doença, nesse caso, temos a depressão como uma doença epidêmica, onde há um tratamento para ela. É um pouco similar a ideia dos dois livros que citei, mas de forma bem diferente, então em nenhum momento quis fazer comparações. 

Na primeira parte da história somos apresentados a protagonista Sloane, uma adolescente de 17 anos. Seu irmão cometeu suicídio dois anos atrás. Sua melhor amiga teve sua memória apagada e não se lembra dela. Seu amigo se suicida. Vários outros estudantes e conhecidos são levados ao programa e tem sua mente apagada ou se matam. Ela e seu namorado, James, estão na mira do Programa e qualquer deslize, qualquer sinal de depressão, selará o destino deles, da mesma forma que aconteceu com seus amigos. Tudo que eles têm que fazer é esperar completarem 18 anos para não serem alvos do Programa, pois nessa idade eles têm liberdade de escolha. Mas com tantas perdas a seu redor, fica cada vez mais difícil fingir estar bem. Eles estão cada vez mais perto de terem suas memórias apagadas.

"... algumas coisas são melhores deixadas no passado. E o que é verdadeiro está destinado a se repetir. "

O romance entre Sloane e James é fofo, é bonito, nós torcemos por eles. James é quem segura as pontas no início da história. Ele era o melhor amigo do irmão de Sloane e também perdeu amigos, seja para a morte ou para o Programa e mesmo assim, faz de tudo para que nenhum dos dois seja a próxima vítima. Mas aos poucos ele acaba sucumbindo e é Sloane quem tem que tomar as rédeas da situação. Fica cada vez mais difícil esconder o sofrimento por todas as perdas.

"O suicídio é um contágio comportamental. É velho ditado "Se todos os seus amigos saltassem de uma ponte, você saltaria também?" Aparentemente, a resposta é sim."

A premissa de The Program funciona assim: de uns anos para cá, boa parte dos adolescentes (1 a cada 3), tem depressão ou comete suicídio e isso acaba virando uma epidemia. Para “cuidar” desse problema, foi criado o Programa, onde adolescentes depressivos ou com tendências suicidas são levados (quase sempre à força), passando semanas sob algum tratamento, que inclui ter as memórias apagadas. Depois do tratamento, retornam para a sociedade, mas não realmente. Eles vão para uma escola especial, somente para aqueles que passaram pelo Programa.

"Eu estou tão sozinho que é como estar morto, mas ainda consciente."

A segunda parte foca no Programa em si. No que acontece depois da pessoa passar pelo tratamento, se há alguma esperança de lembrar-se de alguém que ama, se é possível se apaixonar pela mesma pessoa, mesmo sem suas lembranças anteriores. 

É um mundo onde os adultos acreditam que o Programa realmente funciona e é beneficial aos filhos. É um mundo apavorante, porque conforme vamos lendo, há momentos que até dá pra entender o comportamento dos pais. Se as opções fossem a morte do seu filho ou o Programa, o que escolheria? 

Senti que faltaram mais informações sobre o programa e os problemas que afetam os adolescentes, mas não foi algo que afetou a leitura. O que me incomodou um pouco foi o possível triângulo amoroso que se forma mais pro fim do livro. Não era bem um triângulo amoroso, mas quase isso. E Realm, o terceiro integrante dessa situação, era meio que apavorante. 

De toda forma, o livro é bem interessante e prende nossa atenção. A série por enquanto conta com o volume 2, The Treatment e The Remedy, que é um prequel e conta com personagens diferentes (mas foi o mais recente a ser lançado, mesmo a história se passando antes do primeiro livro) e um conto, The Recovery que se passa depois segundo livro e foca em Realm. O terceiro livro, The Epidemic, tem previsão para abril de 2016. Infelizmente acredito que nenhuma editora nacional tenha comprado os direitos.

Abaixo vocês podem ver as capas dos volumes já lançados. The Treatment tem duas capas, a segunda foi um relançamento esse ano, enquanto a primeira é do lançamento em 2014.




5 comentários:

  1. Ooi! Adorei a premissa desse livro, espero que alguma editora traga logo para o Brasil pois eu sou meio negação para ler em inglês.
    Enfim, por alguns momentos eu fiquei na duvida sobre esse programa, o quanto ele pode ser bom ou não para os adolescentes, pois sei lá... Melhor continuar vivendo do que acabar se matando por causa da depressão, mas acho que no inicio ele pode parecer algo bom para os leitores e depois se revela algo muito pior, geralmente sempre existem outros planos por trás do que os ~governantes dessas distopias mostram. Beijos.
    Blog Clicando Livros

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  2. não gostei tanto assim de Delírio... mas confesso que The Program me chamou mais atenção *-*

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  3. O enredo parece ser bem interessante, daqueles que prende a atenção do leitor atá e última página, vale a pena conferir.

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  4. Oi Andresa,

    No meio de tanta distopias eu ainda não nenhuma, acredita? Mentira, li o primeiro livro do Mazer Runner. Pelo que você descreve esse tem uma pegada diferente e me deixou bastante curiosa para entender melhor esse Programa ao qual os jovens são submetidos!

    Espero que publiquem logo em pt, seria mais acessível para mim no momento, que demoro uma eternidade para ler em inglês. hehe

    beijos
    http://psicosedanina.blogspot.com.br

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  5. A premissa é bem interessante. Eu até que estava gostando do que estava lendo na resenha, mas quando vi essa parte de um "possível" triângulo amoroso, já fiquei com um pé atrás. Que mania que os autores tem de nos empurrar goela abaixo triângulos amorosos em tudo. Eu faço parte de um grupo que quer em uma distopia, a parte da crítica social, e não romances triângulos amorosos ou mimimis adolescentes. Enfim, como não foi lançado no Brasil ainda, está de boa, caso seja lançado, vou pensar se o lerei.

    @_Dom_Dom

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