Resenha: A Mais Pura Verdade de Dan Gemeinhart

Título: A Mais Pura Verdade
Autor: Dan Gemeinhart
Editora: Novo Conceito
Gênero: Drama, Aventura, Suspense
Ano: 2015
Páginas: 224
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Sinopse: Em todos os sentidos que interessam, Mark é uma criança normal. Ele tem um cachorro chamado Beau e uma grande amiga, Jessie. Ele gosta de fotografar e de escrever haicais em seu caderno. Seu sonho é um dia escalar uma montanha. Mas, em certo sentido um sentido muito importante, Mark não tem nada a ver com as outras crianças. Mark está doente. O tipo de doença que tem a ver com hospital. Tratamento. O tipo de doença da qual algumas pessoas nunca melhoram. Então, Mark foge. Ele sai de casa com sua máquina fotográfica, seu caderno, seu cachorro e um plano. Um plano para alcançar o topo do Monte Rainier. Nem que seja a última coisa que ele faça. A Mais Pura Verdade é uma história preciosa e surpreendente sobre grandes questões, pequenos momentos e uma jornada inacreditável.

Mesmo a muitos quilômetros de distância,
um amigo ainda pode segurar sua mão
e estar ao seu lado.

Em A Mais Pura Verdade, acompanhamos a jornada de Mark, um menino de 12 anos com câncer que tem um sonho: escalar até o topo do Monte Rainier. Quando descobre que talvez não tenha muito tempo de vida, ele foge de casa com apenas uma passagem de trem, sua câmera fotográfica, algum dinheiro, suprimentos, seu cachorro Beau e parte em uma jornada só de ida em busca da realização de seu sonho, nem que essa seja a última coisa que fará. 

Em sua caminhada, Mark passará por momentos ruins e outros bons, encontrando pessoas boas e más. Terá que escapar de algumas situações, inclusive de ser reconhecido, já que seu rosto tem estampado os noticiários como desaparecido. Ele planejou tudo direitinho antes de fugir, deixou pistas erradas para serem seguidas, mas nem tudo dá certo em seu caminho.

O último desejo de Mark: tornar-se ou não realidade dependia de ela contar ou não para os outros aquele segredo.
Ela sabia como os pais dele estavam arrasados; sabia como foram angustiantes as últimas vinte e quatro horas. Ela sabia como eles estavam tristes, desesperados e com medo. Eles só queriam seu filho doente de volta. Tê-lo ou não de volta dependia dela contar ou não.
Estava tudo nas mãos dela. Balançou a cabeça, aguentando o peso daquele segredo.

Os capítulos são divididos entre a jornada de Mark e a aflição de seus pais, que o colocam na lista de desaparecidos e vemos um pouquinho das buscas da polícia e também a melhor amiga de Mark, que fica no dilema de contar ou não onde Mark poderia estar. A cada novo capítulo, a folha segue o desenho da capa, com a rachadura em branco num fundo preto e quantos quilômetros faltam para Mark chegar a seu destino. Já nos capítulos dos pais e da Jessie, o fundo é branco e o rachado é preto e os capítulos são a metade do anterior. Exemplo: capítulo 1 e ½.


A vida é um saco. Essa é a mais pura verdade. Mais uma coisa que eu não entendo: por que todo mundo sempre tenta fingir ser o que não é?


A diagramação está ótima, com bom tamanho de letras, páginas amarelas e a contra capa bem legal. O livro é bem curtinho e a leitura bem rápida, em algumas horas você lê. O título vem de uma frase que Mark fala várias vezes ao longo da história “Essa é a mais pura verdade”. Os capítulos tem fontes diferentes quando muda o ponto de vista da narrativa.

[...] Era um lugar com som e pessoas, um lugar onde a vida continuava. Eu detestava isso. Fiquei do lado de fora, fraco e com gosto de vômito na boca. Sozinho novamente.

É uma história comovente e angustiante. Ao iniciar a leitura, não sabemos se terá um final feliz. Não sabemos se Mark consegue realizar seu sonho. Se seus pais o encontram. Se sua melhor amiga conta ou não a verdade sobre o que ela sabe.  

Apesar de ser um cachorro, Beau é meu personagem preferido e ele é a imagem perfeita daquela famosa frase “O cão é o melhor amigo do homem”. Ele acompanha Mark e o ajuda a superar vários obstáculos no caminho. Mark às vezes parecia ter mais idade do que tinha. Quando sai de casa, ele não se importa com o que vai acontecer, ele sabe que a morte está próxima e já entregou os pontos. Ele quer apenas fazer uma última coisa antes de partir. Medo, solidão e raiva fazem parte de quem ele é agora. 

Gostei muito da história criada pelo autor que, aliás, está de parabéns, já que esse é seu primeiro livro e ele começou muito bem. É uma história emocionante, que fará com que alguns leitores suspirem, chorem (como eu rs), torçam pelo protagonista, riam com Beau, contemplem a amizade verdadeira entre Mark e Jessie e também Beau. O livro faz com que apreciemos mais a vida, as oportunidades que aparecem e a vontade de viver, pois não sabemos como será o próximo dia, se estaremos aqui ou quem estará conosco.

É um livro para refletir sobre a vida, família, amizade, amor. E eu recomendo a todos. Essa é a mais pura verdade!

PS: Ao comprar esse livro, você ajuda a Fundação Abrinq - Save the Children.


Capa: fundo azul e uma rachadura preta iniciando no topo, até quase o fim da folha. A rachadura separa Mark de seu cão Beau, que também são representados na cor preta. No fundo azul, algumas árvores verdes desenhadas. Título e autor escritos na cor branca. E uma frase da autora Holly Goldberg Sloan: “Uma história comovente, que vai fazer você querer abraçar bem forte o protagonista”. Na contra capa, o fundo é verde claro, as árvores são azuis e ao invés da rachadura, temos uma estrada em preto. Escrito de preto, temos a lista de coisas que Mark leva na mochila: máquina fotográfica, caderno e caneta, o melhor cachorro do mundo, equipamento de alpinismo, passagem de trem (só de ida) e remédios. E também o que ele deixa para trás: todo o resto.

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6 comentários:

  1. Nossa Desa! Já queria ler, agora mais ainda. Amo livros com cachorros... Entrou pra minha lista infinita.

    Bb,
    L

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  2. Pelas fotos, vi que no quesito diagramação, a Novo Conceito mandou super bem. Confesso que esse não faz muito o meu estilo de leitura, pois me passa a impressão de ser triste, pois protagonista com doença terminal, tende a ser um pouco mais denso. Mas, como às vezes gosto de sair da minha zona de conforto, esse eu encararia.

    @_Dom_Dom

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  3. Eu não curto o gênero sick-lit - as vezes chego a achar a premissa mórbida - e mesmo que tenha a ver com uma criança e seus sonhos, ainda acho o tipo de leitura que impressiona, é pesada.
    Mas, pelas fotos, a diagramação tá linda!

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  4. Não basta ser um sick-lit, tem que colocar um cachorro pra deixar tudo mais dramático ainda pra mim rs To com vontade de ler esse livro, acho meio depre mas deve ser bonito. A diagramação pelo que pude ver está linda demais, a NC caprichou.

    beijos
    http://pobreleitora.blogspot.com.br/

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  5. Oi, Andresa.
    Esse livro está tendo uma divulgação tão grande... Só me deixa com mais vontade de ler. Já até separei meus lencinhos, rs. Tenho certeza que vou chorar horrores e espero muito que o final seja feliz, se não vou ter uma ressaca literária daquelas! Achei a capa e a diagramação belíssimas. Já está na lista.
    Beijos!

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  6. Esse livro está na minha wishlist desde que lançou. Não só a história me conquistou, mas também os elementos gráficos, a editora está de parabéns. E também o autor, claro, rs. Ontem fui na Cultura e estava peguei o livro e li um pouco sobre o autor, folheei as páginas e achei tudo muito bonito. Agora só me resta comprar para ler, hehe.
    A sua resenha está ótima, só me fez ficar com mais vontade!
    Kissus
    www.penseicliquei.blogspot.com

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