Resenha: Qual seu Número? - Karyn Bosnak

Título: Qual seu Número?

Autora: Karyn Bosnak

Editora: Novo Conceito

ISBN: 9788563219893

Ano: 2011

Páginas: 414

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Sinopse: Delilah Darling tem quase 30 anos e já se relacionou com 19 rapazes. Sua vida sentimental não tem sido exatamente brilhante, pois todo cara que conhece parece fugir do relacionamento. Quando lê uma matéria no jornal em que a média de homens para uma mulher de 30 anos é de 10,5, fica desesperada e assustada por estar muito acima dela. Além de tudo, o artigo no jornal terminava falando que, se a mulher tivesse o número acima dessa média, seria impossível a pessoa certa. Na tentativa de não aumentar seu número e perder de vez a chance de se casar, Delilah sai à procura de seus antigos namorados e tenta reconquistá-los. Será que um deles estará disposto a esquecer o passado e começar uma linda história de amor? Qual Seu Número? revela os segredos de cada mulher e prova que, quando se trata de assuntos do coração, números são apenas uma fração de tempo.

Delilah Darling tem 29 anos, uma mãe intrometida, uma irmã mais nova prestes a se casar, um bom emprego, é um pouco doida (sério gente, quem é que quer voltar a ver todos os ex’s novamente com esperança de um deles ser “o escolhido”?) e não costuma finalizar nada que começou na sua vida.

Quando lê uma matéria no New York Post, dizendo que uma pessoa tem em média 10,5 parceiros sexuais durante a vida, ela entra em desespero. Isso acontece porque ela já dormiu com 19 homens (que logo no inicio do livro se tornarão 20) em seus 29 anos e também porque no mesmo artigo é dito que seria impossível encontrar a pessoa certa, caso a quantidade de parceiros passe dessa média.

Após ser demitida, e encontrar um dos 20 ex’s dela por acaso (devo dizer, numa situação embaraçosa), ela começa a fazer uma lista com os vinte nomes de todos com quem ela dormiu e decide que vai contratar um investigador para encontrá-los e assim ir atrás de cada um deles para “tentar de novo” e descobrir se um deles não será o amor da sua vida (isso porque ela colocou na cabeça que não dormiria com mais ninguém para não ultrapassar a marca de 20 homens).

- Atravessar o país de carro para encontrar todos os caras com quem você transou, unicamente para não aumentar um limite autoimposto que você enfiou na cabeça...isso é loucura. [Pág.79]

E é nessa de investigador particular que passamos a conhecer melhor Colin, vizinho dela, cujo pai é investigador mas pra quem ele faz uns bicos também. Colin é ator, lindo, tem sotaque irlandês e você se apaixona por ele na primeira vez que aparece no livro (afinal ele aparece só de cueca boxer preta e camiseta branca na porta do seu apartamento, com aquelas pernas e abdômen perfeito, de acordo com Delilah) rs. Já tendo eliminado 5 caras da lista e com uma desculpa de que quer encontrar os 15 caras restantes da lista para “uma festa de solteiros”, ele é contratado por ela para encontrá-los.

Eu já disse que o Colin é um fofo? Ele passa a se preocupar com ela a cada vez que aparece e a entrar mais em sua vida aos poucos.

- Colin, você já pensou que pode estar sendo idealista demais? Você já parou pra pensar que pode estar esperando encontrar algo que, na verdade, não existe? Não estou sendo pessimista, e, embora eu queria acreditar que um “bum” ou um “nós” existam, eu não tenho certeza de que ainda acredito. [...]

- É claro que existe - diz Colin, ardentemente. - Mas, como eu lhe disse, algumas pessoas demoram um pouco mais para encontrar esse alguém especial. [Pág 340]

Achei Delilah louca e completamente divertida!! Quem iria entrar em uma situação igual à dela? Acho que ninguém!! Afinal ela perde o emprego, ganha 6 semanas de salário desemprego e ao invés de começar a procurar um novo trabalho (algo que sua melhor amiga Michelle sugere), ela dedica essas 6 semanas que sabe que ainda terá uma remuneração para viajar pelo país inteiro a procura dos seus ex’s (algo que Michelle acha completamente loucura e com razão, eu diria).

Não posso deixar de comentar do avô de  Delilah que apesar de ter 75 anos é um fofo e assim como ela, está a procura daquela pessoa que fará seu coração fazer “bum”. 

- Delilah, a vida está cheia de dor e beleza. É uma jornada, uma experiência de aprendizado. Você sempre foi uma garota que aprendeu fazendo, e não por meio de leitura ou escutando alguém falar. Não mude isso em você. Não mude agora. Você é jovem demais.- Já tenho quase 30 anos, vovô. Meu aniversário é daqui a duas semanas.- Não, você tem somente 30 anos. Bem, quase. Ouça o seu avô, que tem 75. Você ainda tem muito o que viver. [Pág. 391] 

Um livro que muitas mulheres irão se identificar. Quem nunca quis encontrar aquela pessoa que vai fazer seu coração bater mais forte ou quem nunca se sentiu “a encalhada” ou imaginou que vai ficar pra titia? Quem é que já não teve aquele medo de não encontrar alguém com quem compartilhar o resto da vida?  (Eu com meus 24 anos, penso nisso quase todo dia, patético, eu sei).

“[...] Choro, não por ter inveja de Daisy, mas por invejar o que ela conseguiu na vida. Choro porque estou Feliz por meu avô ter encontrado o amor, mas não entendo por que eu não consigo encontrar isso em minha vida. Choro porque não quero decepcionar minha mãe, mas acabo decepcionando a mim mesma. Choro por tudo isso, mas, acima de tudo, choro porque tenho medo de ficar sozinha pelo resto da minha vida.” Pág. [270]

“[...] Meu avô está certo. Posso passar o resto da vida pensando em tudo o que quis fazer, mas não fiz... ou então fazer as pazes com meu passado, com os erros que cometi, lembrar dos bons momentos e tocar a vida para frente. E é isso que vou fazer. [...]” [Pág. 396]

Adorei a diagramação do livro que tem tudo a ver com a história! A forma como é contado também é muito boa, com narração em primeira pessoa, vamos conhecendo o que aconteceu no namoro com cada um dos vinte caras que Delilah namorou conforme ela os encontra novamente. Assim podemos fazer comparações entre como as coisas eram naquela época e como esses homens estão agora.

PS.: Não entendo como ela conseguiu ficar com determinados caras, como por exemplo o Rod, com quem teve um relacionamento baseado apenas em sexo que incluía os olhares do cachorro dele, que ficava em cima ou ao lado da cama enquanto a ação acontecia e ainda ter a ideia de ir atrás dele de novo apesar de dar mais atenção ao cachorro do que a ela. Ah e é claro que o Rod não é nada, aparece um pior que o outro enquanto ela vai encontrando cada um da sua lista!! Momentos hilários e embaraçosos. 

Bjos, Andresa.