Resenha: Neuromancer de William Gibson

Título: Neuromancer 
Série: Trilogia Sprawl Vol. 1
Autor: William Gibson
Gênero: Sci-fi
Editora: Aleph
Páginas: 312
Ano: 2016
Classificação: 5 Estrelas de 5
Sinopse: Considerada a obra precursora do movimento cyberpunk e um clássico da ficção científica moderna, Neuromancer conta a história de Case, um cowboy do ciberespaço e hacker da matrix. Como punição por tentar enganar os patrões, seu sistema nervoso foi contaminado por uma toxina que o impede de entrar no mundo virtual. Agora, ele vaga pelos subúrbios de Tóquio, cometendo pequenos crimes para sobreviver, e acaba se envolvendo em uma jornada que mudará para sempre o mundo e a percepção da realidade. Evoluindo de Blade Runner e antecipando Matrix, Neuromancer é o romance de estreia de William Gibson. Esta obra distópica, publicada em 1984, antevê, de modo muito preciso, vários aspectos fundamentais da sociedade atual e de sua relação com a tecnologia. Foi o primeiro livro a ganhar a chamada “tríplice coroa da ficção científica”: os prestigiados prêmios Hugo, Nebula e Philip K. Dick.

Olá pessoal, tudo tranquilo?

Neuromancer é uma obra importantíssima dentro da Ficção Cientifica. O livro foi um dos principais expoentes do Cyberpunk. Foi aclamado pela critica tendo recebido os principais prêmios (Hugo, Nebula e PKD). Além de ser fonte de inspiração para alguns filmes como Matrix e Ghost in the Shell. 

Primeiro, cyberpunk é um subgênero da ficção cientifica. Geralmente, nessa vertente o foco está na alta tecnologia e nas condições deploráveis de vida. Uma amalgama de ciência avançada, tecnologia de informação, cibernética e certa desintegração social. O enfoque dado aos personagens são de seres marginalizados e solitários vivendo em futuros distópicos, cuja vida é diariamente afetada pela rápida evolução tecnológica, onde a informação está computadorizada e é necessário fazer modificações invasivas no corpo para se conseguir sobreviver nessa realidade. 

No cyberpunk, os Estados perderam força e quem dá as cartas são as megacorporações. Elas são os centros de poder e a vida gira em torno dos seus objetivos. Quem já assistiu Robocop (original) sabe como é.

Neuromancer narra a história de Case, um cowboy (hacker), que foi punido, com uma micro toxina que ferrou com o seu sistema nervoso, por ter roubado de seus empregadores. Dessa forma ele não pode acessar a matrix. No livro, a matrix soa como se fosse a nossa internet, mas o acesso é através da consciência do usuário.

Sem poder acessar a matrix, Case fica cada vez mais decadente, cometendo vários crimes e se drogando com tudo que é possível colocar pra dentro do corpo. Em busca da cura para poder voltar a acessar a rede, Case acaba por encontrar Molly e Armitage que propõe a ele a cura em troca de um trabalho. 

Sem adentrar demais no roteiro, vemos em Neuromancer muita coisa que foi aproveitada pelo cinema, como eu citei no primeiro parágrafo. E essa influência acredito eu, não se limitou somente a sétima arte, mas a forma como os cowboys acessam a matrix parece muito com o jeito que um personagem de Cowboy Bebop, um anime super conceituado, acessa a Web Solar System, a internet da história.

Enfim, Neuromancer é um livro denso, difícil de ler, que talvez assuste algum ou outro neófito de sci-fi, porém deve ser lido para entendermos como a genialidade do escritor previu várias coisas da tecnologia atual. 

Além do mais, essa nova edição da Aleph está maravilhosa. Nas palavras do próprio Gibson: “Seriously kick-ass cover design”. 

Sobre o William Gibson: Nasceu nos Estados Unidos, em 1948. Na década de 1980, criou, junto com os escritores Bruce Sterling e John Shirley, o gênero cyberpunk, que une informática e inquietações históricas e filosóficas, em tramas pop violentas e cheias de ação. Sua obra abrange contos e romances, como Neuromancer, clássico da ficção cientifica, e suas sequências Count Zero e Mona Lisa Overdrive, além de roteiros para o cinema, como os do filme Alien 3 e de dois episódios de Arquivo X. É também coautor de A Máquina Diferencial, escrito em parceria com Bruce Sterling e considerado um ícone da literatura steampunk. Nos anos 2000, lançou seus primeiros livros ambientados no presente: Reconhecimento de Padrões. Território Fantasma e História Zero. (Retirado da orelha do livro). 

P.S.1: Livro recebido de parceria com a Editora Aleph.

No mais, até a próxima resenha e o que é a matrix? 





5 comentários:

  1. Rafael!
    Para mim Matrix é uma falsa realidade.
    Em relação ao livro o melhor é ver um escritor prever o que pode realmente acontecer ou se tornar inspiração para outros, tanto no cinema, quanto na literatura de uma forma geral.
    Bem fã de sci-fi gostaria de poder ler a obra tão antiga.
    “O que sabemos, saber que o sabemos. Aquilo que não sabemos, saber que não o sabemos: eis o verdadeiro saber.” (Confúcio)
    cheirinhos
    Rudy
    http://rudynalva-alegriadevivereamaroquebom.blogspot.com.br/
    TOP Comentarista de JANEIRO dos nacionais, livros + BRINDES e 3 ganhadores, participem!

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    Respostas
    1. Com certeza. Perceber que um escritor conseguiu imaginar muitas das coisas que temos hoje é assustador e incrível.

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  2. Amo livros de ficção científica e adoro ver a imaginação criativa dos escritores, lembrando que muitos deles, no passado, e sem pretensão nenhuma de prever o futuro, acabaram por fazê-lo. Não conhecia esse livro e me interessei por ele. Vou procurar na livraria para poder comprar e ler.

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  3. Rafael, esse livro vem despertando meu interesse há um mês mas nunca tive coragem de comprá-lo por medo de me arrepender mas parece que eu estou enganada. Ele parece ser uma daquelas ficções que se fosse adaptada ao cinema ganharia milhões nas bilheterias por ter esse enredo tão envolvente. E essa capa tem uma diagramação tão linda, chamativa e foi bem a cara do assunto.
    Concordo com a Rudy em relação a matrix, sendo esta uma falsa realidade ou até mesmo um universo paralelo.

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