Autor: Charlotte Perkins Gilman
Gênero: Conto
Editora: José Olympio
Páginas: 112
Ano: 2016
Classificação: 3 Estrelas de 5
Sinopse: Este clássico da literatura feminista foi publicado originalmente em 1892, mas continua atual em suas questões. Escrito pela norte-americana Charlotte Perkins Gilman, ele narra, em primeira pessoa, a história de uma mulher forçada ao confinamento por seu marido e médico, que pretende curá-la de uma depressão nervosa passageira. Proibida de fazer qualquer esforço físico e mental, a protagonista fica obcecada pela estampa do papel de parede do seu quarto e acaba enlouquecendo de vez. Charlotte Perkins Gilman participou ativamente da luta pelos direitos das mulheres em sua época e é a autora do clássico tratado Women and Economics, uma das bíblias no movimento feminista. Esta edição de O papel de parede amarelo, que chega às livrarias pela José Olympio, traz prefácio da filósofa Marcia Tiburi.
Olá, pessoal. Tudo tranquilo?
Um conto pequeno, mas uma história gigante. O papel de parede amarelo é narrado em forma de diário pela protagonista, uma mulher angustiada e sufocada pelos padrões patriarcais do século XIX.
Na trama, a protagonista, acometida de problemas psicológicos é levada pelo marido (que também é médico) para repousar em uma casa de campo onde fica proibida de fazer qualquer esforço físico e mental. Ele a proíbe até de escrever. Nesse isolamento a protagonista começa a ter uma relação com o papel de parede de seu quarto. Vê formas e formatos. Fica obsessiva pelo papel de parede desestabilizando sua condição mental.
O final é incrível e trás questionamentos. Como a nossa sociedade foi opressiva na questão dos direitos femininos e ainda peca em reconhecer o papel da mulher nas relações sociais. Evoluímos, mas ainda faltam degraus para um mundo mais justo.
Recomendo. Li como um conto de terror. Ah, apresentação e o posfácio são bem assertivos em contextualizar o leitor da importância da Charlotte Perkins Gilman e seu conto.
Sobre a escritora: Charlotte Perkins Gilman nascida em 3 de Julho de 1860 e falecida em 17 de Agosto de 1935, foi uma romancista americana, além de escritora de contos, poesia e não-ficção. Sua vida e suas ideias serviram de modelo para futuras gerações feministas por causa de seus conceitos não ortodoxos e seu estilo de vida.
P.S.: Livro recebido de parceria com o Grupo Editorial Record.
No mais, até a próxima resenha.
Rafael!
ResponderExcluirGosto muito de contos e fiquei impressionada que aqui é escrito em forma de diário, bem diferente.
Também gosto de livros que abordam problemas. psicológicos.
“É melhor saber coisas inúteis do que não saber nada.” (Sêneca)
cheirinhos
Rudy
http://rudynalva-alegriadevivereamaroquebom.blogspot.com.br/
TOP Comentarista de NOVEMBRO com 3 livros + BRINDES e 3 ganhadores, participem!
Seria cômico se não fosse trágico como algo escrito há mais de 100 anos ainda possa ser tão atual. Mulheres ainda sofrem abusos e privações e na maioria das vezes de quem prometeu protegê-las. Os relatos da personagem nada mais são que tortura.
ResponderExcluirÉ um tema importante e possui um aprofundamento psicológico, mesmo sendo tão curto em páginas.
ResponderExcluirInteressante ter a contextualização na apresentação e posfácio.
Quero ler!!!