Resenha: A Morte de Deus na Cultura de Terry Eagleton

Título: A Morte de Deus na Cultura
Autor: Terry Eagleton
Gênero: Ensaio
Editora: Record
Páginas: 224
Ano: 2016
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Classificação: 4 de 5
Sinopse: Neste instigante A morte de Deus na cultura, Terry Eagleton investiga as contradições, dificuldades e significados do desaparecimento de Deus na era moderna. Com base em um vasto espectro de ideias e problematizações de pensadores desde o Iluminismo até os dias de hoje, o autor discute o estado da religião antes e depois do 11 de setembro; as ironias do capitalismo ocidental, que deu origem à criação não apenas do secularismo, mas também do fundamentalismo; e os insatisfatórios substitutos surgidos na era pós-iluminista a fim de preencher o vazio deixado pela ausência de Deus. Com a lucidez e elegância que caracterizam o seu estilo, o autor reflete sobre as capacidades únicas da religião, a possibilidade da cultura e da arte como caminhos modernos para a salvação, o impacto no ateísmo da chamada guerra ao terror, e muitos outros tópicos importantes para aqueles que vislumbram um futuro em que comunidades misericordiosas prosperem. O resultado é um estudo do pensamento moderno que também serve como intervenção oportuna e extremamente necessária em nosso preocupante cotidiano político, a nos advertir, sem hesitar: se Deus está morto, o próprio homem também está chegando ao fim. Não restaria, portanto, muita coisa a desaparecer.

Olá pessoal, tudo tranquilo? 

A morte de Deus na cultura é uma obra extremamente interessante. Primeiro, ao demonstrar a evolução histórica do nosso conceito sobre Deus e religião, começando lá pelo Iluminismo e chegando ao nosso tempo de guerra ao terror.

Essa evolução histórica demonstra como moldamos ou fomos moldados pela religião de cada tempo. Cada momento histórico teve suas rupturas e forçava a religião predominante na época a evoluir. A evolução social e tecnológica do homem foi transformando aquilo que chamamos de Deus.

Outro ponto interessante se percebe nas diversas ideias, conceitos e ideologias que usamos para substituir a religião de nossas vidas. Como fomos substituindo uma coisa pela outra.

Recomendo. Gosto de livros assim. Apesar de ser uma leitura mais pausada. Tem várias citações, deixando o texto mais embasado. Gostaria de fazer uma releitura conhecendo um pouco mais dos pensadores citados. E o autor tem um bom humor que não deixa o livro sisudo.

Sobre Terry Eagleton: É filósofo, professor e um dos maiores nomes em critica literária do mundo. Leciona literatura na Universidade de Lancaster, onde é professor emérito, e na Universidade de Notre Dame. É autor de mais de quarenta livros de teoria literária, pós-modernismo, política, ideologia e religião, entre eles o best-seller Teoria da literatura: uma introdução, O problema dos desconhecidos: um estudo da ética e Depois da teoria: um olhar sobre os estudos culturais e o pós-modernismo, os dois últimos publicados pela Civilização Brasileira. Atualmente, divide o seu tempo a Irlanda do Norte, Dublin e o Estados Unidos. (Retirado da orelha do livro).

P.S.: Livro recebido de parceria com o Grupo Editorial Record.
P.S.1: Tema polêmico?

No mais, até a próxima resenha. 

2 comentários:

  1. De tudo o que foi citado, o que mais me impressiona e, confesso, ainda não consigo entender é a violência dos dias atuais em nome Deus. Chegamos a um ponto em que Deus agora é uma desculpa: desculpa para o ódio, intolerância, fanatismo, preconceitos... Enfim, não está fácil.

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  2. Jesus disse isto sobre o sistema religioso de sua época: "Eles vos expulsarão das sinagogas; mas vem a hora em que todo o que vos matar julgará com isso tributar culto a Deus. Isto farão porque não conhecem o Pai, nem a mim. Ora, estas coisas vos tenho dito para que, quando a hora chegar, vos recordeis de que eu vo-las disse. Não vo-las disse desde o princípio, porque eu estava convosco."
    João 16:2‭-‬4

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